O banco central da Argentina anunciou nesta quinta-feira (15) a manutenção da taxa de juros de referência em 97%, um dia após o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) divulgar uma leve desaceleração mensal dos preços no país em maio.
A diretoria do Banco Central da República Argentina (BCRA) tomou
essa decisão mesmo com os números do Indec apontando uma variação no acumulado
em 12 meses de 114,2%, superior ao indicador interanual de 108,8% em abril, porque
a inflação no mês passado foi de 7,8% no comparativo com abril – o aumento do
mês retrasado sobre março havia sido de 8,4%.
“Em maio, a inflação mensal registrou desaceleração em
relação ao mês anterior, alinhada com as projeções da autoridade monetária. Os
diversos indicadores de alta frequência de preços no atacado e no varejo
monitorados pelo BCRA sugerem uma nova desaceleração no ritmo de crescimento dos
preços até o momento em junho”, justificou o banco central argentino.
“O BCRA continuará monitorando a evolução do nível geral de
preços, a dinâmica do mercado de câmbio e os agregados monetários para calibrar
sua política de taxas de juros e gestão de liquidez”, acrescentou o BCRA.
Apesar da desaceleração mensal dos preços em maio, consultores privados não acreditam que haverá uma mudança de tendência da disparada da inflação este ano: a consultoria LCG estimou que a Argentina deve fechar 2023 com uma inflação em torno de 135%.
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