A ativista Rosa María Payá, fundadora do movimento Cuba
Decide e filha de Oswaldo Payá, opositor assassinado pela ditadura castrista em
2012, rebateu nesta quarta-feira (21) as declarações do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, que disse em maio, durante a visita do ditador venezuelano
Nicolás Maduro ao Brasil, que as acusações sobre repressão na Venezuela são uma
“narrativa”.
“As violações dos direitos humanos na Nicarágua, Cuba e
Venezuela são reais e não uma narrativa”, disse Payá, em pronunciamento durante
o 53º Período Ordinário de Sessões da Assembleia Geral da Organização dos
Estados Americanos (OEA), em Washington. “É hora dos Estados se unirem contra
os ditadores.”
Segundo declarações reproduzidas pelo site argentino
Infobae, Payá também apontou a “interferência autoritária da ditadura cubana
como fator fundamental” para a crise política nas outras ditaduras citadas e disse
que a “exportação do modelo repressivo cubano” foi decisiva para o “colapso da
democracia na Venezuela”. “A contraespionagem militar na Venezuela está nas
mãos de agentes cubanos”, destacou a ativista.
Na semana passada, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) divulgou relatório que apontou que a ditadura cubana causou o acidente de carro que matou os opositores políticos e defensores dos direitos humanos Oswaldo Payá e Harold Cepero, na província de Granma, no sul do país, em 2012.
Em entrevista ao Infobae, Rosa María Payá elogiou o relatório da CIDH. “A verdade sobre os acontecimentos prevaleceu e nos aproxima de um futuro de justiça, que só virá quando o sonho do meu pai de liberdade para Cuba for realizado”, afirmou.
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