A ministra da Justiça e Segurança da Holanda, Dilan
Yesilgöz-Zegerius, anunciou nesta quarta-feira (28) que proibirá aos agentes da
polícia o uso de símbolos ou peças de vestuários de caráter religioso, o que
inclui o véu, o kippah e os crucifixos, visando garantir a “neutralidade do
uniforme”.
“Os agentes da polícia são pessoas que representam o governo
com uma tarefa especial. As expressões visíveis de religião ou crença não são
compatíveis com seu uniforme. Por isso, vamos regulamentar a neutralidade do
uniforme policial”, indicou a integrante do governo, através de mensagem no
Twitter.
Yeşilgöz-Zegerius, que pertence ao partido liberal VVD, do
primeiro-ministro Mark Rutte, explicou que deseja que a “neutralidade religiosa”
esteja “explicitamente” clara no código de vestimenta da polícia holandesa.
“Está realmente longe de discriminação. A polícia é uma
organização inclusiva, que está trabalhando arduamente para ser ainda mais
inclusiva. Mas acho que a neutralidade é realmente importante”, disse a
ministra.
Sobre a situação das mulheres que cobrem a cabeça com um véu, Yeşilgöz-Zegerius garantiu que elas seguirão bem-vindas na polícia, mas “em outros lugares, porque, durante o contato com o público, é preciso estar neutra para que as pessoas que estejam à frente sempre vejam o mesmo uniforme”.
A medida teve o respaldo da maioria parlamentar, mas Rabin Baldewsingh, coordenador nacional contra a discriminação e o racismo, criticou a proibição e considerou que a ministra “não está servindo a sociedade, se uma parte da sociedade está excluída de desempenhar seu papel, devido a suas crenças”.
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