O ex-presidente americano Donald Trump (2017-2021) criticou na segunda-feira (10) a decisão dos Estados Unidos de fornecer bombas de fragmentação à Ucrânia, uma medida que, segundo ele, deixa o planeta ainda mais próximo da Terceira Guerra Mundial.
O presidente dos EUA, Joe Biden, “não deveria estar nos
arrastando ainda mais para a Terceira Guerra Mundial” ao enviar as controversas
bombas de fragmentação; em vez disso, Biden “deveria estar tentando acabar com
a guerra [na Ucrânia] e parar a morte horrível e a destruição que estão sendo
causadas por uma gestão incompetente”, disse Trump em comunicado.
Na semana passada, Biden aprovou o fornecimento à Ucrânia de
bombas de fragmentação existentes nos estoques do Pentágono, uma decisão que contraria
uma proibição sobre a produção, utilização e fornecimento de tais armas por
mais de cem países (à qual os Estados Unidos não aderiram) e que foi tomada
depois de organizações como a Human Rights Watch (HRW) terem pedido aos EUA
para não fornecê-las.
Biden justificou a sua decisão como “difícil”, mas
necessária porque “os ucranianos estão ficando sem munições”.
No entanto, Trump, pré-candidato republicano às eleições
presidenciais de 2024, alertou para o perigo das bombas de fragmentação não
explodidas, que “vão matar e mutilar homens, mulheres e crianças ucranianos inocentes
durante décadas, muito depois de a guerra ter terminado”.
Em declaração divulgada pelo seu gabinete de campanha Make
America Great Again (MAGA), o ex-presidente dos EUA mencionou a suposta
admissão inadvertida de Biden de que a razão para enviar tais bombas é que os
EUA “estão ficando sem munições”.
Se assim for, acrescenta Trump, isso só enfatiza a “urgência
de uma redução imediata da escalada deste conflito sangrento, perigoso e fora
de controle”.
“Não devemos enviar para a Ucrânia as nossas últimas
reservas em uma altura em que os nossos próprios arsenais estão perigosamente
reduzidos”, disse Trump, ao afirmar que a “política de guerra sem fim de Biden
na Ucrânia enfraqueceu muito os Estados Unidos” com a “confissão humilhante” de
que o país “ficou sem munições”, algo que, sem dúvida, “faz os inimigos
salivarem”.
“Temos de acabar com esta loucura, pôr fim imediato ao derramamento de sangue na Ucrânia e voltar a nos concentrar nos interesses vitais dos Estados Unidos”, afirmou.
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