Na quarta-feira (12), o general russo chamado Ivan Popov, que comandou o 58° Exército de Armas Combinadas em Zaporizhzhia, na Ucrânia, disse por meio de uma mensagem de voz publicada em um canal do Telegram pelo deputado russo, Andrei Gurulyov, que foi demitido depois de contar a “verdade” ao alto escalão da Defesa russa sobre a situação do exército do país no “front de batalha na Ucrânia”.
De acordo com o general, o exército de Vladimir Putin tem
sofrido com a falta de munição e atendimento médico necessário para os feridos.
“O exército ucraniano não conseguiu romper nossas fileiras
na frente, mas nosso chefe sênior nos atingiu pela retaguarda, decapitando
violentamente o exército no momento mais difícil e intenso”, contou Popov.
Ele lembrou que teve que enfrentar um momento desafiador ao
revelar a verdade sobre o que estava ocorrendo em solo ucraniano aos chefes
militares.
“Houve uma situação difícil com os chefes seniores em que
era necessário ficar quieto e ser covarde ou dizer o que estava acontecendo”,
disse.
“Eu não tinha o direito de mentir em seu nome, em nome de
meus companheiros de armas caídos, então descrevi todos os problemas que
existem”, completou.
Popov ainda afirmou que os forças russas que lutam na Ucrânia estão carecendo de sistemas de contra-artilharia adequados e sistemas de reconhecimento da artilharia inimiga.
A crítica direcionada as lideranças militares da Rússia, vindas de um general com experiência em batalha, pode indicar o grande descontentamento com a atual situação em que o Exército russo se encontra.
De acordo com a Reuters, não se sabe ao certo quando a mensagem teria sido gravada nem o atual paradeiro de Popov. O Ministério da Defesa da Rússia também não se manifestou sobre a situação.
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