Uma onda de calor extremo em diversos países do Hemisfério
Norte levou autoridades a alertar sobre riscos de novos recordes de temperatura
a partir deste domingo (16). Há possibilidades de calor sem precedentes na
América do Norte, Europa e na Ásia.
Na Itália, o Ministério da Saúde emitiu alerta vermelho
para 16 cidades. Em Roma, as temperaturas sobem ainda mais a partir deste
domingo e podem atingir até 43°C na terça-feira (18), ultrapassando a máxima de
40,5°C alcançada em 2007.
Na Espanha, autoridades também alertaram para uma onda de
calor mais intensa a partir desta segunda-feira (17). Ao longo da semana
passada, espanhóis conviveram com temperaturas extremamente altas, que passaram
dos 40ºC. Outros países como França, Alemanha e Polônia também registram
calor muito acima da média.
Nos Estados Unidos, quase um quarto da população está sob
alerta de calor extremo, o que levou o Serviço Meteorológico Nacional (NWS) a anunciar
uma onda de calor “extremamente perigosa” da Califórnia ao Texas e alertar
para riscos de vida especialmente para idosos, profissionais da construção
civil, entregadores e moradores de rua.
Neste final de semana, vários estados do oeste, sul e
sudeste atingiram altas temperaturas – o Vale da Morte, na Califórnia, atingiu
51°C no sábado. No final de junho, o país norte-americano registrou mortes por
calor. Somente no Texas, um dos estados que mais sofre com o calor extremo,
foram registrados 13 óbitos por esse motivo.
Já na Ásia, as altas temperaturas ocorrem junto a fortes
chuvas, que nos últimos dias deixaram ao menos 37 mortos na Coreia do Sul.
No país, há previsões de mais tempestades até quarta-feira. No Japão, autoridades
emitiram alerta para risco de insolação em quase metade das 47 cidades do país,
que convivem com temperaturas próximas a 40°C. Já na China, há previsão de calor
de até 45°C em algumas regiões do país.
Nesta sexta-feira (14), a Organização Meteorológica Mundial
(OMM) informou que o intenso calor no Hemisfério Norte continuará nas próximas
duas semanas e pode durar até agosto. “Este
clima extremo está se tornando um fenômeno cada vez mais frequente da mudança
climática e está tendo um grande impacto na saúde humana, ecossistemas,
economias, agricultura, energia e abastecimento de água”, disse o
secretário-geral da OMM, professor Petteri Taalas.
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