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Líder do golpe no Níger se reúne com junta aliada ao Grupo Wagner

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Um dos
líderes do golpe de Estado do Níger, o general Salifou Mody, participou de uma
reunião no Mali nessa quarta-feira (2), com a presença de mercenários
contratados pelo Grupo Wagner, que atuam no país vizinho.

O encontro foi registrado no perfil do Facebook do presidente de transição maliano, Assimi Goïta. Uma delegação nigerina foi enviada junto ao general no evento diplomático.

O Mali é
o principal território do continente africano onde o grupo mercenário russo
realiza seus serviços. O país fica na região instável de Sahel, formada ainda
pelo Níger e Chade.

A participação
de integrantes da organização na reunião dessa quarta-feira indica que o grupo
pode estar interessado em atuar no Níger, após a queda do governo
presidencialista, liderado por Mohamed Bazoum.

Logo que o golpe aconteceu, na última semana, o líder da companhia militar Wagner, Yevgeny Prigozhin, elogiou a iniciativa da junta militar e ofereceu apoio contra as “interferências do Ocidente” na região.

A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao), contrária ao golpe, enviou uma delegação ao Níger para negociar com a junta militar.

O bloco concedeu sete dias para os militares devolverem o poder ao presidente deposto, Mohamed Bazoum. Atualmente o país sofre sanções financeiras da União Econômica e Monetária da África Ocidental (Uemoa).

Os Estados Unidos e a União Europeia também se manifestaram contra o golpe.

Manifestações nas ruas

Milhares de pessoas se manifestaram nesta quinta-feira (3) na capital do Níger, Niamey, por ocasião do Dia da Independência, em uma marcha na qual se ouviram palavras de ordem a favor da Rússia e contra a França e contra a Comunidade Econômica dos Estados Africanos (Cedeao).

Durante a
manifestação, bandeiras do Níger foram hasteadas junto com as de Rússia,
Argélia, Burkina Faso e Mali, e chamaram a atenção gritos como “Viva a
Rússia!”, “Abaixo a Cedeao!” e “Fora com a França!”,
além de canções a favor do golpe de Estado perpetrado em 26 de julho.

Uma fonte policial que atuou nesta manhã nas ruas do Níger estimou a participação de 20 mil pessoas. (Com informações da Agência EFE)

FONTE: Gazeta do Povo