Ao menos seis pessoas morreram e duas estão desaparecidas após um barco clandestino que transportava migrantes virar no Canal da Mancha, informou neste sábado a Prefeitura Marítima francesa. O canal liga a Grã-Bretanha à França.
Cerca de 58 pessoas foram resgatadas pelas guardas costeiras britânica e francesa, afirmaram as autoridades. Segundo relatos de testemunhas, o barco transportava aproximadamente 65 pessoas. Os governos estimam que uma ou duas pessoas podem estar desaparecidas enquanto prosseguem com as buscas.
O alerta do naufrágio foi emitido neste sábado (12) por um navio comercial, que tinha avistado um barco à deriva ao longo da zona de Sangatte, perto da cidade francesa de Calais. A operação de salvamento foi lançada e o barco foi encontrado pelo navio-patrulha francês Cormoran na área de busca no início da manhã de hoje.
O mesmo navio-patrulha resgatou uma pessoa que foi levada de helicóptero para um hospital em Calais, mas não sobreviveu. Cinco outras pessoas também não sobreviveram, tendo sido resgatadas em estado muito grave pelo barco de salvamento Notre Dame du Risban.
A primeira-ministra da França, Élisabeth Borne, divulgou uma mensagem de condolências imediatamente após a tragédia ter sido divulgada. “Nesta manhã, um navio com migrantes virou ao longo da costa de Calais. Os meus pensamentos estão com as vítimas. Saúdo o empenho das equipes de salvamento mobilizadas”, declarou Borne em sua rede social.
As tentativas de atravessar o canal da Mancha em embarcações clandestinas se multiplicam nas noites em que as condições climáticas são mais favoráveis à viagem. Segundo o governo do Reino Unido apenas neste ano mais de 16 mil migrantes cruzaram o canal.
O prefeito de Calais, Franck Dhersin, disse que a operação de resgate foi iniciada logo pela manhã, em um momento no qual dezenas de embarcações tentavam cruzar o canal simultaneamente.
“Vários barcos estão passando por grandes dificuldades. Perto de Sangatte, infelizmente já foram encontrados alguns corpos”,
Franck Dhersin, prefeito de Calais.
O naufrágio mais trágico nesta região, agravado pela falta de coordenação dos serviços de socorro de ambas as costas, causou 27 mortes em novembro de 2021, um incidente que causou tensão entre Paris e Londres sobre o controle deste tipo de travessia ilegal.
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