Era uma vez um tempo em que a política era um jogo misterioso, com resultados tão imprevisíveis quanto uma partida de xadrez entre mestres. Cada eleição era uma trama emocionante que se desenrolava diante dos olhos atentos da população, que aguardava ansiosamente para ver quem sairia vitorioso. Entretanto, os tempos mudaram, e hoje em dia somos inundados por uma enxurrada de pesquisas eleitorais que prometem revelar os segredos dos futuros pleitos com um ano de antecedência.
As pesquisas eleitorais, em teoria, deveriam ser uma ferramenta valiosa para entender a dinâmica política de um país. Elas nos ajudam a compreender as preferências do eleitorado, antecipar tendências e moldar estratégias de campanha. No entanto, nos últimos anos, tornaram-se um verdadeiro espetáculo midiático, um espetáculo que merece ser questionado quanto à sua lisura e relevância.
Um dos pontos mais intrigantes nestas últimas pesquisas é a ausência de nomes notórios. Será que esses nomes realmente não merecem nossa atenção? Ou será que as pesquisas são tendenciosas ao ignorar algumas figuras politicamentge proeminentes? É como se estivessem tentando manipular a narrativa política desde o início, excluindo deliberadamente aqueles que poderiam abalar as estruturas do status quo.
Só para ilustrar, não consigo entender como nesta última pesquisa em João Pessoa o nome do pastor Sergio Queiroz, que obteve mais de 106 mil votos na Capital, se quer foi mencionado. Outro dado muito intrigante aconteceu na pesquisa em Santa Ria, pois mesmo com um legado conhecido e reconhecido por toda cidade, o nome dos “Marojas” também não apareceu. É no mínimo estranho!
Além disso, há também o questionamento dos percentuais de amostras. Muitas vezes, as pesquisas são baseadas em uma amostra que mal chega a 1% do eleitorado das cidades, outras vezes direcionadas a bairros, estados ou região em que um “cliente” tem favoritismo nítido. Acaso isso não seria uma forma de manipulação? Como podemos confiar em resultados que são tão pouco representativos da vontade popular? É como tentar prever o sabor de uma sopa com apenas uma colherada.
Mas, caro leitor, há algo ainda mais curioso. Algumas pesquisas parecem servir apenas para massagear o ego de candidatos que estão em processo de reeleição. É como se fossem feitas “no fundo do quintal”, com resultados convenientemente favoráveis aos atuais ocupantes do cargo. Não é difícil perceber que tais pesquisas, na minha opinião, não merecem nossa credibilidade, pois servem apenas para perpetuar o estado atual e manter o poder nas mãos de alguns poucos.
Portanto, enquanto somos dombardeados com pesquisas eleitorais um ano antes das eleições, devemos manter um olhar crítico sobre esses números. Devemos questionar sempre a lisura das pesquisas e dos institutos que a fazem, a ausência de nomes relevantes, os pequenos percentuais amostrais e a conveniência de certos resultados. A política merece ser mais do que um jogo de cartas marcadas, e a credibilidade das pesquisas deve ser conquistada, não concedida automaticamente. No final das contas, é o futuro da nossa sociedade que está em jogo, e não podemos permitir que ele seja moldado por pesquisas duvidosas e interesses ocultos.
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