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Israel acusa líderes da Espanha e da Bélgica de “apoio ao terrorismo” e convoca embaixadores

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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu| Foto: Departamento de Estado dos EUA/Divulgação/Wikimedia Commons

O governo de Israel reagiu com indignação nesta sexta-feira (27) às declarações dos primeiros-ministros da Espanha e da Bélgica, Pedro Sánchez e Alexander De Croo, respectivamente, que durante uma visita à fronteira de Rafah, no Egito, condenaram a “violência israelense” na Faixa de Gaza, sem citar os ataques do Hamas ao território israelense. Sánchez também defendeu o reconhecimento de um Estado palestino pela União Europeia (UE), ou pela Espanha de forma unilateral.

Segundo um comunicado divulgado nesta sexta-feira, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, ordenou a convocação dos embaixadores dos dois países em Israel para uma “dura conversa de reprimenda”, onde acusou os seus líderes de “fazer falsas afirmações” e de “dar apoio ao terrorismo”. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também expressou sua “veemente condenação” aos líderes europeus, alegando que eles “não responsabilizaram os terroristas do Hamas pelos crimes contra a humanidade que cometeram” ao “massacrar cidadãos israelenses e usar palestinos como escudos humanos”.

Segundo informações da Associated Press (AP), o
Ministério das Relações Exteriores da Espanha rejeitou “categoricamente” as
acusações de Israel, afirmando que são “totalmente falsas e
inaceitáveis”. O ministro José Manuel Albares disse que Sánchez defendeu “publicamente
e repetidamente o direito de Israel à autodefesa” e que sua viagem à região
nesta semana buscava “um caminho para a paz”.

Sánchez e De Croo estiveram em Israel, nos territórios palestinos e no Egito durante os últimos dois dias, acompanhando o processo de troca de 50 reféns israelenses por 150 prisioneiros palestinos, viabilizado por meio do acordo que foi mediado pelo Egito, Catar e EUA e que pode ser prorrogado por mais alguns dias, caso o Hamas decida libertar mais reféns.

Os dois líderes europeus também pediram o “fim da destruição de Gaza”, a entrada de ajuda humanitária no enclave palestino e a libertação de todos os reféns capturados pelos terroristas do Hamas durante os ataques do dia 7 de outubro. (Com Agência EFE)

FONTE: Gazeta do Povo