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Em convite a Lula, Milei cita “desafios” e fala em “construção de laços”

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Em convite oficial para a cerimônia de posse enviado ao presidente Lula (PT), o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, disse que as duas nações têm “muitos desafios pela frente” e falou em construir laços “que consolidem o papel que Argentina e Brasil podem e devem desempenhar na comunidade internacional”.

“Ambas as nações têm muitos desafios pela frente e estou convencido de que uma mudança econômica, social e cultural, com base nos princípios da liberdade, vão nos posicionar como países competitivos nos quais os seus cidadãos poderão desenvolver ao máximo suas capacidades e, assim, escolher o futuro que desejam”, diz um trecho do convite enviado ao petista no sábado (25).

Durante a campanha eleitoral, Milei fez duras críticas a Lula e chegou a dizer que não falaria com ele durante o novo governo. Após a eleição, o argentino adotou um tom mais diplomático ao falar do petista.

Lula não ligou para Milei após o anúncio da vitória nas urnas. A falta de uma ligação do presidente brasileiro para o eleito argentino interrompeu uma tradição histórica.

Ainda não há sinalização do petista sobre sua ida à posse do argentino.

“Sei que você conhece e valoriza plenamente o que significa este momento de transição para o percurso histórico da República da Argentina, do seu povo e, naturalmente, para mim e para a equipe de colaboradores que me acompanhará na próxima gestão do governo […] Sabemos que os nossos dois países estão intimamente ligados pela geografia e história e, a partir disso, desejamos seguir compartilhando áreas complementares a nível de integração física, comércio e presença internacional que permitam que toda essa ação conjunta se traduza, para os 2 lados, em crescimento e prosperidade para argentinos e brasileiros”, diz outro trecho do convite.

No domingo (26), a futura chanceler da Argentina, Diana Mondino, chegou a Brasília para um encontro do com o chanceler brasileiro, Mauro Vieira.

O encontro teve como objetivo aparar arestas entre o governo Lula e o futuro governo Milei e não prejudicar as relações bilaterais.

FONTE: Gazeta do Povo