O ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen,
anunciou nesta terça-feira (5) que cancelou o visto de Lynn Hastings, a
coordenadora humanitária da Organização das Nações Unidas (ONU) nos territórios
palestinos, por sua suposta omissão em condenar os ataques terroristas do
Hamas.
Segundo informações do jornal israelense The Times Of
Israel, Hastings, que trabalha há quase três anos na região, tem criticado
a ofensiva de Israel em Gaza e liderado apelos por mais “ajuda humanitária” direcionada
ao enclave palestino.
Cohen acusou Hastings de “não condenar o Hamas pelo massacre”
realizado no dia 7 de outubro, quando os terroristas invadiram o território de
Israel e vitimaram cerca de 1,2 mil pessoas. O chanceler israelense também
pontuou que a funcionária da ONU não condenou os sequestros, atos de tortura e
estupro, bem como o uso de pessoas como escudos humanos pelos terroristas em
Gaza.
Em uma postagem em sua conta oficial no X (antigo Twitter), Cohen disse que Hastings “não pode servir na ONU e não pode mais entrar em Israel”.
“Decidi revogar o visto de residência para Israel da
coordenadora “humanitária” da ONU, Lynn Hastings. Alguém que não
condenou o Hamas pelo brutal massacre de 1,2 mil israelenses, pelo sequestro de
bebês e idosos, pelos horríveis atos de abuso e estupro, e pelo uso dos
residentes de Gaza como escudos humanos, mas em vez disso condena Israel, um
país democrático que protege seus cidadãos, não pode servir na ONU e não pode
entrar em Israel!”, escreveu o chanceler judeu.
Citando informações da agência Reuters, o jornal britânico The Guardian, noticiou que a ONU disse na semana passada que “foi informada por Israel” de que o visto de Hastings não seria renovado quando expirasse no final deste mês. O porta-voz da organização, Stephane Dujarric, disse na sexta-feira (1º) que o secretário-geral da ONU, António Guterres, “tem plena confiança em Hastings”.
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