O presidente da Bolívia, Luis Arce, anunciou nesta quinta-feira (7) que seu país se tornou o mais novo membro pleno do Mercosul, após sua adesão ser oficializada na cúpula do bloco regional, que está sendo realizada no Rio de Janeiro. Arce agradeceu ao presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por seus “esforços” para concretizar a entrada do país no bloco sul-americano.
Lula disse na abertura da cúpula que a adesão da Bolívia era uma
“conquista importante” para o bloco. A cúpula no Rio de Janeiro contou
com a presença dos presidentes da Argentina, Alberto Fernández (que deixa o
cargo neste domingo (10)); do Paraguai, Santiago Peña; e do Uruguai, Luis
Lacalle Pou.
A Bolívia era um Estado associado do Mercosul desde 1998 e assinou o protocolo de adesão ao bloco em 2015, que exigia a aprovação dos parlamentos de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. O Senado brasileiro ratificou a adesão da Bolívia no final de novembro.
Agora, a Bolívia tem até quatro
anos para adaptar sua legislação à do Mercosul, principalmente seu regime
tarifário, e assim concluir seu processo de adesão, quando se tornará membro
pleno de fato e poderá ter voz e voto no bloco comercial.
Com a entrada, a Bolívia será o
único país sul-americano a ser membro dos dois principais blocos comerciais da
região, a Comunidade Andina de Nações (CAN) e o Mercosul.
Entre os interesses da Bolívia no
bloco, a ministra das Relações Exteriores do país, Celinda Sosa, afirmou que
está a promoção de um “fundo regional” que permitiria que pequenas e médias
empresas tenham acesso a tecnologias que lhes permitiriam “participar de
cadeias de produção regionais”.
Nesta quinta-feira, Arce apoiou a
proposta do Uruguai para que o bloco sul-americano inicie imediatamente
negociações de livre comércio com a China.
Além da Bolívia, a Venezuela também era um Estado-membro do Mercosul até 2017, quando foi suspensa por não cumprir a cláusula democrática exigida pelo bloco. (Com Agência EFE)
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