O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou neste sábado (16) que o encontro que teve com o presidente da Guiana, Irfaan Ali, em São Vicente e Granadinas, foi um “marco histórico” na disputa territorial pela região de Essequibo.
Segundo o líder do regime chavista, o referendo realizado na Venezuela no último dia 3 teve um “impacto importante para que a reunião fosse possível” e que se estabelecessem “termos de paz”.
Segundo informações do site independente Efecto Cocuyo, Maduro declarou que o diálogo com Ali foi “justo e necessário” e que os “venezuelanos votaram” na “consulta popular” para definir os “termos do futuro” da região do Essequibo, que é reivindicada por Caracas, mas controlada pela Guiana.
“Fomos com a verdade da
Venezuela, com o poder e mandato que vocês me deram e triunfou a diplomacia da
paz, tudo no marco do respeito”, disse Maduro.
O ditador acrescentou que o
assunto agora será tratado no âmbito da Comunidade de Estados Latino-Americanos
e Caribenhos (Celac) e da Comunidade do Caribe (Caricom), e pediu que “nenhum
ator externo se envolva na questão”.
Maduro também destacou que a declaração conjunta do acordo de Argyle, cidade em São Vicente, pelo “diálogo e a paz” entre Guiana e Venezuela foi um dos resultados do encontro com o líder guianense. No entanto, ele não revelou mais detalhes do que foi conversado. Até o momento, se sabe que tanto a Venezuela quanto a Guiana concordaram em não se “ameaçarem nem usarem a força em nenhum caso” para resolver as diferenças que surgem pelo conflito sobre o território de Essequibo.
Os dois países concordaram que qualquer controvérsia futura será resolvida de acordo com o direito internacional, incluindo o Acordo de Genebra de 1966.
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