O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, confrontou o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, por seu apoio ao processo da África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, acusando seu país de ter um “passado genocida” em relação aos armênios.
Katz afirmou que Erdogan, que anunciou que enviou documentos à CIJ para sustentar a acusação de “genocídio” contra Israel, lidera um país que “cometeu o genocídio armênio no passado” e que agora “se vangloria de atacar Israel com alegações sem fundamento”.
O ministro israelense disse que
Israel se lembra dos “armênios e dos curdos”, e que a história da Turquia “fala
por si só”. Ele defendeu que Israel “protege, não destrói”, em referência ao
conflito contra o grupo terrorista palestino Hamas, que controla a Faixa de
Gaza.
Israel enfrenta um julgamento onde está sendo acusado de genocídio na CIJ após uma queixa apresentada pela África do Sul, que disse que o Estado judeu violou a Convenção sobre Genocídio ao “atacar” a “população civil” de Gaza em resposta aos ataques terroristas do Hamas contra o seu território, que deixaram cerca de 1,2 mil pessoas mortas, ocorridos em 7 de outubro do ano passado.
A Turquia era um país aliado de Israel, mas as relações entre os dois se deterioraram após o início do conflito em Gaza, que Erdogan denunciou como um “crime de guerra”. Israel retirou seu embaixador de Ancara no final de outubro, e a Turquia enviou uma delegação parlamentar para Haia para acompanhar o processo na CIJ.
Erdogan disse que espera que os “documentos que entregou ao tribunal, incluindo imagens visuais, sirvam para condenar Israel”. Ele criticou a defesa de Israel na CIJ, dizendo que o país “não está se defendendo, mas atacando mais uma vez, tendo transformado a prisão a céu aberto da Palestina em um mar de sangue”. (Com Agência EFE)
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