O presidente do Equador, Daniel Noboa, enviou um projeto de lei à Assembleia Nacional (Parlamento), no qual propõe um aumento de três pontos percentuais no Imposto sobre Valor Agregado (IVA), revela o documento divulgado nesta sexta-feira (12) pelo governo.
O projeto de lei, intitulado “Lei orgânica para enfrentar o conflito armado interno, a crise social e econômica”, pede um aumento do IVA de 12% para 15%. “O impacto de arrecadação do aumento da taxa do IVA para 15% implicaria um aumento de US$ 1,306 bilhão (cerca de R$ 6,3 bilhões)”, de acordo com os cálculos do governo contidos no documento enviado à Assembleia na noite passada, que afirma que a medida poderia entrar em vigor em 1º de março.
Nesta quinta-feira (11), Noboa previu que ações complexas teriam de ser tomadas em vista da situação atual. “Precisamos tomar medidas econômicas duras e precisamos estar alinhados porque uma guerra custa dinheiro. Portanto, devemos tomar ações e medidas importantes em conjunto com o Legislativo”, disse em entrevista em uma rádio local.
No comunicado enviado à Assembleia, o chefe de Estado relembra a situação econômica complicada do atual governo e ressalta que a situação atual da dívida destaca a necessidade de medidas fiscais proativas para evitar o acúmulo de dívidas de longo prazo.
“O aumento do IVA proporcionaria ao governo uma fonte estável de receita que não apenas permitiria o pagamento das dívidas existentes, mas também evitaria o acúmulo de novas obrigações financeiras, promovendo assim a responsabilidade fiscal”, diz o projeto de lei, que foi enviado em caráter de urgência, dando ao Legislativo um mês para tratar do assunto.
No comunicado enviado à Assembleia, a Presidência observa que, nos últimos dias, o país testemunhou uma série de atos violentos, incluindo sequestros, rebeliões em massa em prisões e, em geral, “atos terroristas”. Esses eventos, atribuídos a grupos criminosos, ocorreram no momento em que o governo de Noboa se preparava para implementar seu plano para recuperar o controle das penitenciárias do Equador, muitas das quais são dominadas internamente por grupos do crime organizado.
Em meio a essa situação, Noboa decretou nesta semana que o país está passando por um conflito armado interno, classificou os grupos do crime organizado como terroristas e ordenou que as forças de segurança “neutralizem” vários grupos criminosos acusados de propagar violência extrema.
More Stories
Tornados deixam pelo menos 21 mortos nos Estados Unidos
Lula participa do velório do ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica
Lula viaja ao Uruguai nesta quinta-feira para velório de Mujica