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EUA dizem que ataques na Síria e no Iraque foram “bem-sucedidos”

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O governo dos Estados Unidos afirmou que os ataques aéreos realizados nesta sexta-feira (2) contra mais de 80 alvos de milícias apoiadas pelo Irã na Síria e no Iraque foram “bem-sucedidos” e duraram cerca de 30 minutos.

Mais cedo, o presidente Joe Biden
disse que a resposta americana “continuará em horários e locais de nossa
escolha”.

A incursão aérea americana realizada
nesta sexta foi uma retaliação ao ataque de drones ocorrido no domingo (28) na
Jordânia, que matou três soldados americanos, e que foi atribuído pelo governo
democrata a um grupo terrorista apoiado pelo Irã no Iraque: a Resistência Islâmica.

Segundo o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, os ataques americanos envolveram aeronaves, incluindo bombardeiros B-1 enviados dos Estados Unidos, transportando mais de 125 munições guiadas com precisão. Kirby reafirmou o que disse Biden, dizendo que “haverá respostas adicionais que tomaremos”. No entanto, deixou claro que os EUA “não estão à procura de uma guerra com o Irã” neste momento, indicando que os próximos ataques poderão ser pontuais e fora da fronteira iraniana.

Por sua vez, os militares iraquianos condenaram os ataques aéreos dos EUA, afirmando que eles atingiram as zonas fronteiriças do país, e alertaram que a incursão americana pode provocar uma nova “instabilidade”.

Para os iraquianos, os ataques americanos desta sexta constituíram “uma violação da soberania” do país e “representam uma ameaça que pode levar o Iraque e a região a consequências terríveis”.

Blinken viaja novamente ao Oriente Médio neste domingo

É neste contexto de tensão e negociações para a libertação dos reféns israelenses e estrangeiros que o secretário de Estado americano, Antony Blinken, deverá iniciar neste domingo (4) sua quinta viagem ao Oriente Médio desde o início do conflito entre Israel e os terroristas do Hamas.

O Departamento de Estado
informou nesta sexta-feira em comunicado que o chefe da diplomacia dos EUA terá
compromissos até o dia 8 de fevereiro na Arábia Saudita, Egito, Catar, Israel e
Cisjordânia.

O objetivo da viagem é continuar
os esforços diplomáticos para a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas
durante um futuro cessar-fogo, além de aumentar a ajuda humanitária para os
civis em Gaza.

No início de janeiro, Blinken
passou uma semana em Turquia, Grécia, Jordânia, Catar, Emirados Árabes Unidos,
Arábia Saudita, Israel, Cisjordânia, Bahrein e Egito para tentar elaborar um
plano de ação para acabar com a guerra desencadeada pelos ataques terroristas
do Hamas contra Israel no dia 7 de outubro.

A nova viagem ocorre depois que
os chefes de inteligência israelenses, americanos e egípcios, bem como o
primeiro-ministro do Catar, reuniram-se em Paris por dois dias na última
segunda-feira (29) e chegaram a um acordo proposto sobre uma nova trégua e uma
troca de reféns por prisioneiros palestinos.

A minuta do acordo foi então
enviada à liderança do Hamas e, de acordo com uma declaração feita em
Washington na quinta-feira (1º) pelo porta-voz do Ministério das Relações
Exteriores do Catar, Majed Al Ansari, o grupo islâmico sinalizou aceitação.

Porém, também nesta sexta-feira (2), o chefe do escritório político do Hamas, Ismail Haniyeh, exigiu a parada total dos combates na Faixa de Gaza em troca da libertação dos reféns e disse que a Jihad Islâmica Palestina, grupo terrorista que também atua em Gaza, cobra o mesmo.

FONTE: Gazeta do Povo