Gangues rivais de eritreus entraram em conflito neste sábado (17) em Haia, na Holanda. Segundo autoridades locais, os policiais utilizaram gás lacrimogêneo na tentativa de conter a confusão, enquanto os manifestantes incendiavam carros da polícia e um ônibus.
Imagens do local mostraram veículos em chamas e dezenas de homens na rua, alguns arremessando pedras e placas de trânsito nos policiais. “Ficou seriamente fora de controle”, disse o porta-voz do município de Haia, Robin Middel.
De acordo com o porta-voz, o confronto começou quando um grupo que apoia o atual governo da Eritreia realizava uma reunião e foi atacado por eritreus que se opõem ao governo do país africano. A chefe da polícia local, Kristianne van Blanken, afirmou que não pode confirmar se alguém ficou ferido ou se algum manifestante foi preso no local.
Os tumultos na Holanda acentuam a divisão que há no país africano e os surtos de violência entre eritreus pela Europa. No ano passado, dezenas de pessoas, incluindo pelo menos 26 policiais, ficaram feridos durante os conflitos em torno de um festival cultural da Eritreia na cidade de Stuttgart, na Alemanha.
No mesmo mês, uma briga entre apoiadores e opositores do governo da Eritreia em Tel Aviv levou a violentos confrontos nas ruas. No conflito dos eritreus em Israel, cerca de 170 pessoas ficaram feridas. Mais uma vez, o confronto foi protagonizado por grupos que apoiam o governo da Eritréia e pessoas que são contra o regime. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que “uma linha vermelha” foi ultrapassada. Ele também ordenou um novo plano para remover todos os migrantes africanos que descreveu como “infiltrados ilegais”.
A segunda maior cidade da Noruega, Bergen, também não escapou dos conflitos entre os eritreus. Durante um comício que marcou o dia da independência do país, houve confronto entre apoiadores e opositores do governo da Eritreia
Milhares de pessoas fugiram da Eritreia para a Europa no ano passado, alegando sofrer repressão do atual governo repressivo do Presidente Isaias Afwerki. No país, existem dois grupos distintos: aqueles que estão em busca de exílio e se opõem fortemente a Isaías e outros que apoiam o atual governo.
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