Em contato com a Gazeta do Povo, o
advogado Fábio Wajngarten, da equipe de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro
(PL), confirmou que ele deverá entrar com um pedido no Supremo Tribunal Federal
(STF) para que a corte autorize sua visita a Israel, após ter revelado mais
cedo que o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, o havia enviado uma carta
onde expressava o seu desejo para que ele fosse até o país.
Bolsonaro, que está com o passaporte retido, revelou o convite de Netanyahu por meio de um vídeo publicado neste sábado (9) em suas redes sociais.
“Recebi há pouco uma carta do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que por acaso é capitão do Exército também, me convidando para visitar o seu país para que eu vá naquela região do conflito. Ou melhor, do massacre, da covardia, a região do terrorismo praticado pelo Hamas contra Israel”, disse o ex-presidente, que estava discursando em um evento em Salvador, na Bahia.
O convite a Bolsonaro ocorre em meio à crise
diplomática que está em curso neste momento entre o atual governo brasileiro e
Israel. Tal crise começou após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter
comparado as mortes de palestinos na Faixa de Gaza ao Holocausto nazista.
Ao contrário de Lula, que foi considerado pela
diplomacia israelense como “persona non grata”, Bolsonaro mostrou-se
alinhado com a posição de Israel, sempre condenando os ataques do Hamas.
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