Um refém israelense de 34 anos sequestrado durante os ataques do Hamas a Israel em outubro de 2023 morreu “devido à falta de alimentos e medicamentos”, de acordo com anúncio feito pelo Hamas neste sábado (23), quando o grupo terrorista advertiu que outros reféns também estariam doentes e precisariam de tratamento.
Pelas redes sociais, os palestinos informaram que o israelense morto é Yehiv Buchataf, e ele teria perdido à vida “devido à privação de mantimentos imposta à população em Gaza”.
“Já tínhamos avisado que os prisioneiros do inimigo estão sofrendo das mesmas condições que o nosso povo, de fome e privação, de falta de comida e medicamentos”, comentou o porta-voz Abu Obeida, das Brigadas al Qassam, que é um braço armado do Hamas.
Ainda segundo Obeida, “a doença ameaça agora a vida” de outros reféns, e “o tempo está se esgotando”.
O anúncio foi acompanhado por um vídeo de propaganda que mostra uma montagem do rosto de Buchataf em um caixão, e a mensagem de descrição do vídeo é apresentada em hebraico, árabe e inglês.
É necessário ressaltar que o Hamas é um grupo terrorista que matou crianças, mulheres e idosos em seu ataque a Israel no dia 7 de outubro de 2023, que coloca a própria população palestina em risco ao usar civis como escudos humanos e que estuprou várias reféns israelenses.
Sobreviventes como a brasileira Rafaela Triestman, de 20 anos, relatam atrocidades que vivenciaram durante os ataques. Em seu relato, a jovem conta, por exemplo, que viu uma menina ser violentada pelos terroristas e queimada viva. “E eu não tinha como fugir dali, então apenas rezei para Deus me levar o quanto antes”, confessou a brasileira, ao afirmar que ficou cinco horas embaixo de corpos, com dificuldade para respirar devido às bombas.
Nesse momento da guerra, é provável que a justificativa dada para a morte do refém seja apenas uma forma de reforçar a narrativa de que existe falta de medicamentos e alimentos na Faixa de Gaza por causa da ofensiva israelense.
Situação dos reféns israelitas
Dos 253 sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro, 130 permanecem na Faixa de Gaza, muitos deles, mortos. Desde o início da guerra, Israel e Hamas só chegaram a um acordo de trégua durante uma semana, no final de novembro, o que resultou na libertação de 105 reféns em troca de 240 prisioneiros palestinos.
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