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EUA enviam 61 imigrantes ilegais de volta para Cuba

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Cuba recebeu nesta quinta-feira (28) um voo procedente dos
Estados Unidos com 61 imigrantes ilegais deportados, o que eleva para 340 o
total de pessoas reconduzidas à ilha neste ano a partir de diversos países em
26 operações, segundo informações da imprensa oficial cubana.

Esse grupo, o primeiro a chegar dos EUA em março, é composto
por 52 homens, sete mulheres e dois menores de idade.

Seis deles haviam deixado a ilha por mar, e os demais tinham
saído legalmente e depois acessado rotas irregulares para chegar aos EUA, de
acordo com um comunicado do Ministério do Interior cubano.

Um dos deportados foi detido após ser devolvido a Havana porque
“havia escapado de uma prisão, onde cumpria pena por tráfico de pessoas”,
acrescenta a nota.

Estados Unidos e Cuba retomaram os voos de deportação de
imigrantes em condições irregulares detidos na fronteira entre México e EUA no ano
passado.

A primeira operação de retorno por via aérea foi realizada –
com 123 pessoas – em 24 de abril de 2023.

Os governos de Havana e Washington também têm um acordo
bilateral para que todos os imigrantes ilegais que chegam aos EUA por via
marítima sejam deportados para o país caribenho.

Cerca de 23 mil cubanos chegaram aos EUA em janeiro, de
acordo com um relatório do Escritório de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos
EUA (CBP).

De acordo com o órgão, em quatro meses do ano fiscal de 2024
– que começou em 1º de outubro -, 86.139 cubanos entraram nos EUA.

Entre janeiro e fevereiro deste ano, cubanos com situação
migratória irregular também foram enviados de volta ao país de origem em voos
comerciais a partir de Ilhas Cayman, Bahamas e República Dominicana.

Em 2023, Cuba recebeu de volta 5.253 cidadãos, em sua
maioria dos Estados Unidos, mas também de países como México, Bahamas, Belize,
Ilhas Cayman e República Dominicana.

Cuba vive uma onda de emigração sem precedentes devido à grave crise econômica que o país sofre, com uma severa escassez de produtos básicos (alimentos, medicamentos e combustível), inflação galopante, frequentes cortes de energia e uma dolarização parcial da economia.

FONTE: Gazeta do Povo