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Opinião – Não entendi: Sérgio Queiroz vice de Marcelo Queiroga!

Sei que em política, tudo pode acontecer, conchavos de bastidores, trazem pratos feitos, que são postos nas mãos do eleitor, acompanhados de bons e apreciados talheres.

Pois bem, quando li a notícia de que o nobre colega, Pr. Sérgio Queiroz, estava na chapa (PL – NOVO), em João Pessoa, como pré candidato a vice -prefeito, quero ser sincero: tomei um susto. No quesito vice, sempre lembro-me do saudoso, “Jô Soares” (vice e nada é a mesma coisa).

Não sou adepto desse extremo, porém, a frase do Jô, tem lá suas verdades. Pr. Sérgio Queiroz, hoje, é uma liderança política incontestável na Capital do estado da Paraíba, com respingo nas demais cidades paraibanas. Os últimos números de votos recebidos por ele nas eleições de 2022, não nos deixam dúvidas. O médico, Marcelo Queiroga, pré candidato a prefeito, até pouco tempo atrás, era um ilustre desconhecido de várias camadas sociais em João Pessoa, principalmente das vozes roucas das ruas.

O mesmo, tornou-se um pouco conhecido por haver assumido no governo Bolsonaro, o Ministério da Saúde, diga-se de passagem, num período conturbado.

Foi Queiroga, uma luz que tomou um pouco de brilho e logo distanciou-se dos holofotes da política. Ao meu ver, no momento, o mesmo não reúne condições para enfrentar a disputa como titular à cadeira de prefeito da cidade de João Pessoa. No meu entender, a lógica está funcionando ao contrário. O real seria Sérgio Queiroz, titular, Queiroga, vice.

Não sei o que se trabalha nos bastidores. Com a saída de Nilvan Ferreira, da disputa na Capital, ficou um vazio, até agora não preenchido por nenhum dos pré -candidatos, principalmente nas periferias. Creio que só o atual prefeito, Cícero Lucena, tira mais dividendos da ausência do Nilvan, pois tem em suas mãos a máquina municipal.

Não podemos negar que Cícero tem feito um trabalho razoável nas periferias, substanciado pela ajuda da estrela maior dessas eleições municipais “Governador João Azevedo”. Cícero trabalha com a hipótese de levar essas eleições já no primeiro turno. A entrada do Sérgio Queiroz, como titular ou vice, ajudará a preencher um pouco mais esse vazio. O deputado federal Ruy Carneiro, também pré -candidato, tem entrada na periferia e classe média.

Juntando-se Marcelo Queiroga e Sérgio Queiroz, com Ruy, num possível segundo turno, com certeza, dará dor de cabeça a Cícero e ao seu apoiador maior, João Azevedo.

Bolsonaro, visitou João Pessoa, agora, retorna como andarilho por outras cidades do país, junto a sua esposa, Michelle Bolsonaro, angariando votos e espaços ao seu projeto de poder dentro do PL. Creio que nesses quase cinco meses que antecedem as eleições municipais, Bolsonaro, não mais regressará a João Pessoa.

Não se engane: grande parte da multidão que acompanhou Bolsonaro, desde o aeroporto Castro Pinto, até o mercado municipal de Mangabeira, com certeza, não é eleitor do seu partido, nem tão pouco de seu candidato, disso tenha real certeza.

O ídolo é Bolsonaro. Seu partido terá que suar muito, para ter sua voz ouvida como protegido do mito. Não sei se houve promessa ao Sérgio Queiroz, de um apoio incondicional em 2026 ao Senado e se isso foi costurado com os Wellingtons, que tem um certo número de votos no interior do estado (acho difícil).

No entanto, a mim, soa raro, que o grande talento Sérgio Queiroz, se acomode numa vice, na chapa do ilustre desconhecido, Marcelo Queiroga.

Quando estava terminando de escrever esse texto, li que o Sérgio Queiroz, ainda não bateu o martelo, dando sua assinatura na chapa (PL -Novo), como pré candidato a vice.

O Sérgio é inteligente, com certeza: “não dará pipoca a banguelo”.

 

Elcio Nunes
Cidadão Brasileiro

FONTE: PB Agora