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ONG ligada a Obama quer dinheiro público para obter votos democratas

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A organização sem fins lucrativos Civic Nation, liderada por antigos funcionários do ex-presidente democrata Barack Obama (2009-2017) e financiada por milionários de esquerda, tem se empenhado em angariar votos para os democratas nas universidades americanas, mediante parcerias com o governo Biden, revelou uma investigação do portal conservador Daily Signal.

Documentos públicos acessados pelo site expõem que o grupo visa utilizar dinheiro de impostos para mobilizar estudantes universitários em busca de apoio para os democratas nas eleições de novembro, uma política que posteriormente foi alimentada pela própria administração da Casa Branca.

O Daily Signal solicitou ao governo informações sobre a Comissão Eleitoral de Wisconsin relacionadas à ordem executiva do presidente Joe Biden para promover a medida.

Nas investigações, o portal descobriu que, em janeiro, um ativista do ALL IN Campus Democracy Challenge, um dos projetos do grupo Civic Nation, entrou em contato com autoridades do estado de Wisconsin a fim de apresentar a sugestão de uso do dinheiro público para patrocinar universitários por meio do Ministério da Educação.

O plano apresentado pelo ativista da ONG visava redirecionar um benefício estudantil dentro do Programa Federal de Estudo e Trabalho para que pagasse os alunos que se envolvessem em trabalhos eleitorais. No mês seguinte, o Departamento de Educação dos EUA e a vice-presidente Kamala Harris anunciaram que a administração Biden estava trabalhando nesse sentido.

Atualmente, o programa estudantil, financiado pelo Departamento de Educação, fornece ajuda financeira a estudantes elegíveis de graduação e pós-graduação em faculdades e universidades americanas.

O portal ainda teve acesso a uma série de e-mails que traçam as discussões acerca da política. Um deles de Ryan Drysdale, diretor de impacto e redes estaduais do ALL IN Campus Democracy Challenge, que entrou em contato em janeiro com Bonnie Chang, coordenadora de divulgação eleitoral no cartório da cidade de Madison, capital de Wisconsin. Na conversa, Drysdale falou sobre os planos do secretário de Educação dos EUA, Miguel Cardona, de revisar como o dinheiro do contribuinte poderia ser usado de outra forma, para envolver os estudantes nas ações eleitorais.

“Como você deve saber, o secretário tem trabalhado no esclarecimento sobre a elegibilidade do Programa Federal de Estudo e Trabalho para apoiar “trabalhadores estudantis” junto às autoridades eleitorais locais e está confiante de que outra carta virá do Departamento de Educação com diretrizes”, afirmou Ryan, referindo-se à Casa Branca e ao Departamento de Educação.

Dias depois, Chang encaminhou o e-mail de Drysdale sobre o Programa Federal de Estudo e Trabalho para o procurador da cidade de Madison, Michael Haas. Na troca de mensagens, ela observou que funcionários da Universidade de Wisconsin-Madison comunicaram que “os alunos do programa não podem trabalhar nas urnas no dia da eleição nem se envolver em espaços que buscam obter votos”.

Naquele mesmo dia, Haas escreveu à administradora da Comissão Eleitoral de Wisconsin, Meagan Wolfe, que já havia um pedido para alterar as regras do programa estudantil em relação ao trabalho como inspetores eleitorais, porém, ele não achava que isso tinha se concretizado ainda. “De qualquer forma, o secretário de Estado está tentando ajudar para que isso aconteça”, escreveu em seguida.

Em um de seus relatórios, a ALL IN afirmou que o voto dos jovens foi o fator decisivo nas eleições legislativas de 2022 na Pensilvânia, Michigan, Nevada e Wisconsin. O projeto informou que 394 faculdades e universidades em 44 estados e no Distrito de Columbia faziam parte de seu primeiro programa que que visa tornar os campi “mais engajados para votação de estudantes universitários”.

O voto dos jovens ajudou a travar uma antecipada “onda vermelha” para os candidatos republicanos em 2022, motivo pelo qual o governo Biden busca aumentar o cerco sobre as universidades visando a reeleição.

O Daily Signal apontou que a direção do Civic Nation inclui a ex-conselheira sênior do presidente Barack Obama, Valerie Jarrett; Tina Tchen , ex-chefe de gabinete da primeira-dama Michelle Obama; e Cecilia Muñoz, ex-diretora do Conselho de Política Interna da Casa Branca de Obama.

Ainda, a ONG é patrocinada por grupoa de esquerda como o Democracy Fund, criado pelo fundador do eBay, Pierre Omidyar; a Carnegie Corporation de Nova York ; o Fundo de Defesa Ambiental ; e a Fundação Joyce, que incluía Barack Obama em seu conselho antes de ele se tornar presidente.

FONTE: Gazeta do Povo