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Maduro culpa EUA e oposição por fiasco econômico da Venezuela

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A Venezuela fechou os primeiros quatro meses do ano com perdas parciais de mais de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10,2 bilhões) em receitas como consequência das sanções dos EUA, restabelecidas em abril, após o ditador Nicolás Maduro descumprir acordo de eleições livres ao perseguir opositores políticos.

Os dados econômicos foram anunciados pelo próprio líder chavista, nesta quarta-feira (2), em um evento por ocasião do Dia Internacional do Trabalho.

Maduro criticou o que definiu como “chantagem permanente do império americano” e acusou a “extrema-direita” – citando a líder opositora María Corina Machado – de ter pedido ao governo dos EUA “novas sanções” contra a empresa estatal de petróleo PDVSA.

No entanto, ele garantiu que “nada, nem ninguém”, vai impedir o crescimento da economia venezuelana e de sua indústria petrolífera, que “se manteve” nos primeiros quatro meses do ano, embora “em um ritmo mais lento” do que o esperado.

Nesse sentido, o ditador apresentou uma previsão de crescimento para país a partir da produção de 1,2 milhão de barris de petróleo por dia (bpd), um aumento de 37,2% em relação aos 874 mil bpd registrados em março. “Não há licença que possa nos deter, essa é a verdade (…) Nós nos preparamos e continuamos a nos preparar, continuamos a trabalhar pelo crescimento econômico (…)”, disse, apesar dos números indicarem um fiasco econômico.

Maduro afirmou que no país “nasceu um novo modelo econômico diversificado que garante seu crescimento” e que “não depende de sanções, de licenças” dos EUA, que segundo ele “buscam impor um modelo colonialista”.

Em meados de abril, os EUA anunciaram a decisão de reverter parcialmente o alívio das sanções que haviam aplicado desde outubro, acusando Maduro de não cumprir seus compromissos eleitorais devido à inabilitação que impede Machado, vencedora das primárias da oposição, de participar das eleições presidenciais de 28 de julho.

O Departamento do Tesouro dos EUA estabeleceu o prazo de 31 de maio para que as empresas estrangeiras interrompam todas as operações de produção e exportação de petróleo e gás durante o período de seis meses. De agora em diante, as empresas que quiserem fazer negócios com a PDVSA terão de solicitar ao Tesouro dos EUA autorizações individuais, que serão avaliadas caso a caso. (Com Agência EFE)

FONTE: Gazeta do Povo