As manifestações estudantis contra Israel iniciadas nos Estados Unidos, no mês passado, vão ganhando espaço fora do território americano. Desta vez, os países vizinhos foram palco de protestos.
No Canadá, cerca de 150 estudantes da Universidade de Toronto montaram nesta quinta-feira (2) um acampamento no campus da instituição para protestar contra o país em guerra.
Os estudantes, que montaram dezenas de barracas no centro da universidade nas primeiras horas da manhã, também “exigem” que a universidade, uma das maiores do Canadá e da América do Norte, cancele seus investimentos em Israel.
Por meio de um porta-voz, eles disseram à Agência EFE que não planejam deixar o local, apesar de o reitor ter enviado uma carta exigindo que abandonem o protesto e desmontem o acampamento.
Em 1º de maio, um juiz da província de Quebec recusou-se a ordenar a desmobilização de um acampamento de estudantes montado na Universidade McGill, em Montreal, em favor da causa palestina e contra a defesa de Israel. A polícia canadense teve de intervir quando manifestantes pró-Israel tentaram confrontar estudantes acampados na Universidade McGill.
No México, dezenas de estudantes da maior universidade do país, a Nacional Autônoma do México (Unam), também acamparam no campus, nesta quinta-feira, e pediram rompimento dos laços diplomáticos e comerciais com Israel, enquanto hasteavam bandeiras palestinas.
Mais de 30 universidades dos Estados Unidos foram atingidas por manifestações massivas nos últimos dias, algumas contaram inclusive com atos antissemitas e violência. Cerca de 2 mil pessoas já foram presas.
O presidente americano, Joe Biden, deu a primeira declaração oficial sobre os protestos pelo país nesta quinta-feira (2), ocasião na qual condenou qualquer ação violenta que parta dos manifestantes. Segundo o mandatário, apenas atos pacíficos são garantidos por lei e tudo que foge disso é considerado ilegal.
Biden também manteve seu posicionamento a favor de Israel, apesar das reivindicações estudantis.
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