A polícia do Canadá prendeu três homens suspeitos de envolvimento no assassinato do líder separatista sique Hardeep Singh Nijjar, crime ocorrido em junho do ano passado no país e que Ottawa atribuiu ao governo da Índia.
Segundo informações da emissora pública canadense CBC, documentos protocolados nesta sexta-feira (3) em um tribunal de Surrey, cidade localizada na província da Colúmbia Britânica onde Nijjar foi morto a tiros no lado de fora de um templo, apontam que os suspeitos, Kamalpreet Singh, Karanpreet Singh e Karan Brar, todos cidadãos indianos, foram acusados de homicídio qualificado e conspiração.
“Estamos investigando as ligações deles, se houver, com o
governo indiano”, disse Mandeep Mooker, superintendente da Polícia Montada Real
Canadense, em entrevista coletiva.
A apuração da CBC apontou que eles integrariam um grupo de
matadores de aluguel com possível participação em outros três assassinatos no
Canadá, incluindo o de um menino de 11 anos em Edmonton.
Nijjar apoiava a criação de um país independente sique, o
Calistão, na região do estado indiano do Punjab, e havia sido classificado como
terrorista por Nova Délhi.
Em setembro do ano passado, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, acusou o governo da Índia de envolvimento no assassinato, o que levou à expulsão de diplomatas dos dois lados.
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