A diretoria do Corinthians trabalha para amenizar o ambiente após uma quinta-feira marcada por protestos no CT Dr. Joaquim Grava e no Parque São Jorge. A instabilidade nos bastidores elevou a pressão sobre a gestão Augusto Melo.
A ESPN apurou que correntes políticas do clube debatem internamente a possiblidade de uma “coalisão” entre chapas para uma “administração pacífica” do clube em caso de renúncia de Augusto Melo.
Esse tema, inclusive, poderia ser debatido nesta sexta-feira (28), em reunião do Conselho Deliberativo.
“Desconheço”, garantiu Romeu Tuma Junior, presidente do órgão no Corinthians, em contato com a ESPN ao ser questionado sobre uma possível reunião convocada para discutir a chance de renúncia do presidente Augusto Melo.
“A reunião que tem hoje eu convoquei há dias. É com representantes e líderes das chapas do conselho, representantes da comissão das mulheres. É um colégio de líderes que eu criei para tratar de assuntos de rotina do Conselho Deliberativo. Acho que estão confundindo”.
“Há outras reuniões que essas chapas marcam, mas entre elas e para discutir coisas internas. Esses grupos marcam reuniões entre si. Isso vaza, e num ambiente de conturbação que está, as pessoas acabam confundindo. Não chegou a mim nenhuma conversa desse tipo. Nenhum agendamento de qualquer chapa. Nem de situação e nem de oposição sobre moimento de renúncia. Para mim só chegam os assuntos técnicos”.
Tuma detalhou ainda os momentos de tensão vividos na tarde de quinta-feira, quando tentou conter a invasão de torcedores organizados no Parque São Jorge.
“Estava no 3º andar, na sala do conselho, em reunião com a comunicação do Corinthians. Fui chamado pelas secretárias do 5º andar apavoradas com o que estava acontecendo. Subi para tentar protegê-las”, disse o presidente do Conselho Deliberativo.
“Fiquei à frente disso. A porta foi fechada e eu fiquei entre torcedores e a porta de vidro. Fui ameaçado. Acho isso um absurdo, inadmissível. Qualquer manifestação pacífica, com busca de diálogo, é legítima. É a democracia e faz parte da história do Corinthians. Mas esse tipo de movimento com ameaça, agressão, danos…sou absolutamente contra. Isso não contribui com nada, só tumultua ainda mais o ambiente e afasta as pessoas que querem ajudar o clube, afasta patrocinador”.
A ESPN apurou que seguranças do clube correram para bloquear os elevadores do prédio da sede administrativa do Corinthians tentativa de conter, ou ao menos atrasar, a chegada dos torcedores.
A reportagem ouviu de fontes que estavam no Parque São Jorge na tarde de quinta-feira que o clima de tensão tomou conta do local, levando funcionários a se esconderem debaixo das mesas no andar em que fica a sala presidencial.
Há relatos de que três portas foram quebradas no trajeto da invasão até a que os torcedores chegassem ao local de trabalho de Augusto Melo, além da fechadura de uma porta de vidro na antessala do 5º andar.
Em relato feito a pessoas próximas, Augusto Melo não escondeu o inconformismo com a truculência de mais uma invasão ao Parque São Jorge, argumentando que sempre manteve diálogo aberto com as lideranças das organizadas.
Ainda assim, a decisão tomada pelo presidente do Corinthians é de não romper suas torcidas organizadas. A ESPN apurou, inclusive, que o cartola foi contrário à abertura de um boletim de ocorrência pela invasão da última quinta-feira. O procedimento, no entanto, aconteceu por determinação da Polícia Militar, que foi acionada diante do clima tenso no Parque São Jorge.
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