Ex-técnico da Inglaterra critica até choro e diz que Cristiano Ronaldo precisa ser ‘carregado’ por Portugal

Sam Allardyce, ex-técnico da seleção da Inglaterra, criticou Cristiano Ronaldo e disse que os outros jogadores portugueses estão tendo de “carregar” o atacante nesta Eurocopa. O treinador também falou sobre o choro do atleta após perder um pênalti contra a Eslovênia, na última segunda-feira (01), nas oitavas de final.

“Dado o talento que Portugal tem na equipe, acho que eles estão desapontando bastante. Eles têm muito talento e muita habilidade com a bola, mas agora precisam carregar Cristiano Ronaldo”, disse Allardyce, em entrevista ao podcast “No Tippy Tappy Football”.

“Ainda que ele esteja em forma pela idade que tem, ele simplesmente não tem mais o mesmo nível de energia. Os outros jogadores precisam carregá-lo. São bons o suficiente para isso, mas ele ainda não marcou”, reiterou.

Allardyce, que comandou a Inglaterra por dois meses entre julho e setembro de 2016, também disse que Roberto Martínez, que dirige os portugueses, não tem uma missão fácil.

“Ele não será corajoso o suficente para tirar Ronaldo. Quando eu estava no Bolton, tive de sentar com Youri Djorkaeff, que foi campeão do mundo, e dizer a ele que as pernas já tinham ido embora. Ele não entendeu muito bem e não é fácil para o treinador também. É difícil para o treinador nessa posição”, disse.

Choro de Cristiano Ronaldo

Pouco depois de perder um pênalti contra a Eslovênia, ainda antes do fim da partida da Eurocopa, Cristiano Ronaldo foi às lágrimas. Para Allardyce, o choro não teve relação apenas com uma possível eliminação portuguesa.

“Acho que as lágrimas se deveram principalmente ao que ele queria alcançar pessoalmente do que com Portugal como time. No nível dele é preciso ser egoísta, mas onde ele não fez favor nenhum foi na última Copa do Mundo, por ele estava dispensando todo mundo quando foram ‘nocauteados'”, afirmou.

“Ele nunca desempenhou papel importante quando ganharam a Euro em 2016, então ele vai querer vencer essa tanto para si quanto para o país”, completou.