Após a repercussão negativa de declarações ofensivas direcionadas à candidata à prefeitura de Cajazeiras, Corrinha Delfino (PP), o ex-candidato a vereador Breno Dorian (PMN) renunciou à candidatura. A decisão foi oficializada nesta sexta-feira (13) e já consta no sistema de consulta unificada do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde Diego Breno Gonçalves Dias, conhecido como Breno Dorian, retirou-se da disputa municipal de 2024, onde também sofreu impugnação.
Breno Dorian divulgou um vídeo nas redes sociais em que chamou Corrinha de “marionete” e fez insinuações depreciativas sobre sua capacidade de governar a cidade de Cajazeiras. No vídeo, o ex-candidato afirmou que a candidata “não sabe sequer manusear um fogão”, numa clara tentativa de desqualificá-la com base em estereótipos de gênero.
Além de sua candidatura impugnada nas eleições de 2024, Breno Dorian já havia sido condenado junto a sua chapa a ressarcir os cofres públicos em mais de R$ 50 mil, referentes a irregularidades eleitorais com decisão já transitada em julgado.
Em resposta aos ataques, a defesa de Corrinha Delfino informou que já está tomando as medidas legais cabíveis contra Breno Dorian. A candidata também se pronunciou, destacando que a oposição, em vez de apresentar propostas concretas, têm recorrido a ataques pessoais. “Sou mãe, mulher, professora e tenho CPF e vida limpa. A cidade já decidiu, e o resto é desespero de quem não tem o que acrescentar ao desenvolvimento da terra que ensinou a Paraíba a ler”, declarou Corrinha Delfino.
Precedente na Paraíba
O caso de Cajazeiras ocorre pouco após a primeira condenação por violência política de gênero na Paraíba, envolvendo o comunicador Célio Alves (PSB), pré-candidato a vereador em Guarabira. Ele foi condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) por ataques de cunho machista contra a deputada estadual Camila Toscano (PSDB).
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