Em busca de sua primeira vitória no Cruzeiro, Fernando Diniz encontrará um velho conhecido na noite desta quinta-feira (3), às 21h30 (de Brasília), quando entrar no Maracanã para enfrentar o Fluminense pelo Brasileirão.
Chegando ao seu terceiro jogo pelo Cabuloso, acumulando empates contra Libertad e Vasco, o treinador ainda tenta implementar seu estilo de jogo. Com pouco tempo de trabalho, porém, ainda encontra dificuldades.
“A gente tem só cinco ou seis dias com o professor Diniz. Tem muito o que aprender ainda, mas tenho certeza de que a gente está no caminho certo. Agora a gente vai ter esse tempo para conseguir se adaptar melhor ao esquema, ao estilo dele de jogar. Vai ser um tempo bom, vamos treinar bastante”, destacou William no início da semana.
Capitão da equipe, o lateral-direito trata a chegada do comandante com otimismo. E pensa que, na partida do Maracanã, o time já terá “mais da cara do professor”.
“Acho que quinta (3) já vai dar para ver um pouco mais do nosso jeito de jogar. O caminho é esse: continuar trabalhando, se adaptar o mais rápido possível ao estilo que o professor Diniz quer jogar, que está pedindo. Tenho certeza que a gente vai ter resultados bons”, afirmou.
“A gente sabe que isso vai acontecer. O Cruzeiro vai ter a cara do professor. Mas sabemos que isso leva tempo, não é fácil. O próprio Fluminense levou tempo, não foi de uma hora para outra. Com o Cruzeiro também não vai ser. Aos poucos a gente está tentando fazer o que ele pede”, acrescentou William.
Fluminense ainda guarda aspectos do ‘Dinizismo’
No Fluminense, em pouco mais de dois anos de trabalho, Diniz teve a passagem mais vitoriosa da sua carreira, coroada com os títulos da CONMEBOL Libertadores, da CONMEBOL Recopa e do Campeonato Carioca. Apesar disso, a fase ruim no Brasileirão motivou sua demissão.
Em 11 jogos sob seu comando, o Tricolor ocupava a lanterna do torneio, com apenas uma vitória e seis pontos conquistados. Para o seu lugar, Mano Menezes, técnico de estilo de jogo bem diferente, foi contratado.
“O Diniz era um técnico de controle, de aproximação, associativo e que gostava muito de ter a posse de bola. O Mano não faz tanta questão disso, quer o Fluminense mais vertical, mais direto, que espera muito mais o adversário. O ideal seria encontrar um equilíbrio para que essa equipe seja mais segura no restante da temporada”, avalia Fernando Campos, comentarista dos canais ESPN.
Mesmo assim, o atual comandante ainda tem em seu time alguns momentos que lembram o trabalho de seu antecessor. Seja em fatores positivos ou negativos.
“São trabalhos diferentes, mas o Fluminense ainda tem alguns vícios e alguns resquícios do trabalho do Fernando Diniz. Principalmente na saída de bola, alguns jogadores que, mesmo pressionados, ainda tentam sair jogando por baixo. Vou citar o gol sofrido contra o Botafogo, em que o Felipe Melo falha”, diz Fernando Campos.
“Aquele seria um gol que daria muita polêmica nos tempos do Diniz, um pedido do Mano Menezes talvez seja para zerar essa bola, ter um pouco mais de agilidade e não sair jogando por baixo. Acho que esse é um vício. Mas, no geral, é uma equipe completamente diferente”, completou.
Exemplos positivos também podem ser citados. Na construção ofensiva, algumas jogadas ainda ocorrem com associação rápida, ou seja, troca de passes acelerada. Como foi no jogo de ida das quartas de final da Libertadores contra o Atlético-MG, quando, com passes de primeira, Ganso e Marcelo deixaram Keno com a lateral aberta para ir até a linha de fundo e cruzar para Lima marcar.
Em entrevista recente ao ESPN.com.br, o próprio Lima citou que, pelo tempo do trabalho desenvolvido com Diniz, esses aspectos de seu estilo ainda estão impregnados nos atletas. E que Mano, apesar de pedir coisas diferentes, ainda tenta aproveitar isso.
“O Diniz estava aqui desde 2022. Os jogadores ainda estavam com esse estilo de posse de bola controlado. Mesmo trocando de estilo, você fica um pouco com esse jeito do último comando. O Mano pegou isso um pouco. Mas, como o Diniz ficávamos com os extremos muito próximos da bola, com o Mano é mais afastado, mais posicionado”, ressaltou.
“Mas isso de os jogadores ficarem próximos ainda fica com a gente, eu principalmente, ficar perto da bola, aproximando. O Mano pede para ficar mais amplo, mas estamos evoluindo nessa questão”, finalizou.
Agora, criador e criatura se reencontrarão. Com Diniz querendo ter em seu novo clube as mesmas glórias que conquistou em seu passado recente.
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