Bilionário explica por que negocia com Vasco e como administra clubes

Dono de clubes como Nottingham Forest e Olympiacos, o bilionário Evangelos Marinakis concedeu entrevista à Sky Sports e foi questionado a respeito da compra da SAF do Vasco da Gama. O grego confirmou que existem discussões, disse que o mercado brasileiro é “muito importante”, além de colocar dois fatores como fundamentais para adquirir uma equipe.

“Há discussões e o que posso dizer é que qualquer coisa em que eu queira me envolver precisa ser algo importante. A tradição é muito importante e sempre faz mais sentido para mim administrar ou possuir”, iniciou o bilionário.

“Mas em grandes clubes onde estamos falando de milhões de torcedores, você não considera isso como propriedade. Não posso usar a palavra que ‘comprei’ o Olympiacos ou ‘comprei’ o Nottingham Forest. Isso é algo enorme. É para todos os torcedores, para milhões de pessoas, então não posso ver isso como um negócio”.

“É muito importante, em qualquer coisa em que eu esteja envolvido, ser um time que tenha uma grande base de torcedores. Portugal é uma exceção. É um time menor. Mas o que precisamos fazer é que esse time também seja atualizado e seja um dos [top] seis ou sete times em Portugal. É muito importante porque, para nós, o mercado brasileiro é muito importante”.

Apesar da negociação para a compra do Vasco, Marinakis deixou claro na entrevista que seus clubes não contam com “orçamento infinito” e ressaltou que o equilíbrio é a chave para que seus times possam ser competitivos.

“Temos uma propriedade multiclube e muitos veem isso como um negócio. Eu não necessariamente vejo dessa forma. É muito difícil combinar negócios com futebol, especialmente com grandes times quando você precisa ganhar troféus, você precisa participar da Europa”.

“Não significa necessariamente que você pode ganhar dinheiro – o oposto em muitos casos. Não temos um orçamento infinito, não somos uma empresa estatal ou uma empresa que pode se dar ao luxo de perder dinheiro a cada ano”.

“Precisamos encontrar o equilíbrio entre o que gastamos e o que podemos alcançar. Claro que não é fácil; isso precisa de muito trabalho duro, mas tentamos o nosso melhor para sermos competitivos a um custo que seja acessível hoje em dia”, finalizou.

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