Dono do Monaco, da França, o bilionário russo Dmitry Rybolovlev foi um dos três magnatas que assinaram o NDA (Non-Disclosure Agreement, um acordo para a confidencialidade dos termos do negócio) após demonstrarem interesse na compra da SAF do Vasco, segundo publicou a ESPN. Porém, a reportagem apurou que o empresário já não estão mais na disputa.
Ao lado dos bilionários Evangelos Marinakis, proprietário do grupo que comanda o Olympiacos (Grécia), Nottingham Forest (Inglaterra) e Rio Ave (Portugal), e do italiano Andrea Radrizzani, sócio-minoritário no Leeds United (Inglaterra) e majoritário da Sampdoria (Itália), Rybolovlev era um dos três empresários em melhor posição para adquirir a Sociedade Anônima de Futebol cruzmaltina.
Entretanto, segundo apurou a ESPN, o dono do Monaco e do Cercle Brugge (Bélgica) recebeu a minuta de intenção contratual para a aquisição da SAF, mas não demonstrou interesse em avançar na compra.
Desta forma, o bilionário russo deixou a briga e, com isso, Marinakis e Radrizzani seguem entre os mais cotados para seguir adiante nas tratativas.
Rybolovlev era o mais rico do trio e aparece no ranking da Forbes como a 507ª maior fortuna do mundo, avaliada em US$ 6,4 bilhões (R$ 40 bilhões na cotação atual). O grego Marinakis vem logo atrás, com US$ 3,7 bilhões (pouco mais de R$ 23 bi), 931º lugar na lista da revista personalizada. Radrizzani, por sua vez, sequer figura na lista.
As condições apresentadas ao russo foram as mesmas dos demais, feita com base no contrato assinado entre Vasco e 777 Partners em setembro de 2022. Como a SAF já é uma empresa existente, a intenção do presidente Pedrinho é encontrar um comprador para os 39% das ações que já pertenciam aos norte-americanos.
Essa “fatia” da SAF foi repassada provisoriamente ao Vasco através de uma medida judicial em maio de 2024. Quem retornar positivamente a esse modelo dará um grande passo para assumir o futebol.
Em outubro, a ESPN noticiou que o Vasco ainda tinha a receber da 777, se o contrato não tivesse sido questionado na Justiça, em torno de R$ 256 milhões entre 2024 e 2026. Contando o empréstimo-ponte feito pela empresa na assinatura do contrato, que aportou R$ 70 milhões para o clube para pagamento de dívidas emergenciais, a cifra colocada no clube foi de R$ 310 milhões, entre setembro de 2022 e maio de 2024 – com duas parcelas de R$ 120 milhões em 2022 e 2023 para uso exclusivo no futebol.
O investidor que estiver disposto a assumir as premissas contratuais, devolvendo à 777 (no caso, à A-CAP, seguradora que assumiu o controle após a empresa decretar falência) essa quantia, e garantir o aporte de pouco mais de R$ 250 milhões nas próximas duas temporadas, passará a ter 70% da Vasco SAF e assumirá o controle do futebol cruz-maltino.
Vale ressaltar, que esse valor também inclui o pagamento dos executivos já contratados por Pedrinho, como Marcelo Sant’Ana, diretor-executivo de futebol e CFO da Vasco SAF e de Carlos Amodeo, CEO.
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