A eleição para a Mesa Diretoria da Câmara Municipal de Conde virou mesmo um caso de polícia e de Justiça. Os últimos acontecimentos envolvendo a “queda de braço” entre os Poderes Executivo e Legislativo resultaram em algumas ações judiciais, dentre elas as de nº 0802062-40.2024.8.15.0441, que se trata de um Procedimento Investigativo Criminal, ora tramitando na 1ª Vara Regional das Garantias e em poder do Ministério Público.
PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO CRIMINAL
A ação investiga os crimes de extorsão e corrupção ativa, supostamente praticados pelo vereador Daniel Severino da Silva Júnior (Daniel Júnior) e pelo seu ex-chefe de gabinete, Valmir Pereira da Silva (conhecido como Irmão Valmir). A representação criminal tem como autor o vereador Fagner Santos de Sousa, e outros cinco representantes: Aleksandro Pessoa, Jerberson Ramos Carneiro de Lima, Rosélia Maria da Silva, João Batista do Nascimento e Munique Marinho Vieira de Lima Batista, todos também vereadores.
Com farta documentação, dentre eles vídeos que comprovam o suposto crime de extorsão e corrupção ativa, além de lavagem de dinheiro, o Ministério Público investiga o caso, considerado bastante grave pela população de Conde.
ENTENDA O CASO
A eleição para a Mesa Diretora da Câmara de Conde acontece nesta quarta-feira, dia 1º, no entanto, aliados da prefeita Karla Pimentel, no sentido de ampliar de cinco para seis o número de vereadores e ganhar a Presidência da Câmara, teria tentado “comprar” o voto do vereador eleito Fagner Melo, apoiador da chapa encabeçada por Aleksandro Pessoa.
Cinquenta mil reais em espécie na mão, vários empregos na administração pública e ainda R$ 10 mil por fora, sem que outros vereadores tivessem conhecimento, teriam sido alguns dos subornos oferecidos ao vereador Fagner Melo para que “pulasse de lado” e fosse apoiar o vereador Daniel Júnior, candidato da prefeita Karla Pimentel.
Toda negociação foi feita com Flávio Melo, pai do vereador Fagner Melo. Flávio, por sua vez filmou e gravou toda a ação. A transação financeira e de outros benesses ocorreu através de telefone celular feita pelo Irmão Valmir, ex-chefe de gabinete do vereador Daniel. A quantia de R$ 50 mil chegou a ser entregue à esposa de Flávio Melo, que, depois de tudo gravado pelo seu marido, fez a devolução do dinheiro a outro aliado da prefeitura, conhecido como “Binho”.
do blogdomarcoslima.com.br
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