O zagueiro Léo, do Athletico-PR, prestou queixa na Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe) nesta segunda-feira (27), em Curitiba, após ser vítima de ofensas racistas no clássico contra o Coritiba, disputado no último sábado (25), pelo Campeonato Paranaense.
O defensor falou com a imprensa presente no local e pediu respeito. Ele repudiou o ocorrido e se posicionou para que o agressor pague por seus atos.
“Momento difícil. Não é fácil. Estou fazendo o que tem de ser feito. Todo mundo sabe que eu luto essa causa. Infelizmente, passar por isso não é legal. Nesse momento fiquei muito próximo da minha família, e vou fazer o que tem de ser feito aqui para que essa pessoa não cometa mais isso com ninguém”, disse.
“Não está sendo fácil, mas estou perto da minha família. Eu deixo muito claro: não podemos ocupar um lugar de vítima em momento nenhum. Acho que a gente tem que fazer o que tem de ser feito para que a pessoa pague por seus atos. A gente só pede respeito. Respeito e igualdade. Só isso”, completou.
Léo também agradeceu o apoio do Athletico-PR e reiterou que precisa “fazer o que tem de ser feito”.
“Estou recebendo um pouco grande do Athletico-PR. Agradeço ao clube e a cada torcedor pelo apoio. É levantar a cabeça e continuar trabalhando, mas fazer o que tem de ser feito, que é o mais justo”, afirmou.
O atleta já havia se posicionado por meio das redes sociais no domingo (26). Ele classificou a situação como inadmissível e reiterou que racismo é crime.
“É inadmissível enfrentar tamanho desrespeito como o preconceito que sofri hoje no Athletiba. Racismo é crime! Não aceito e não deixarei passar! Vou tomar todas as medidas possíveis contra quem fez isso”, escreveu.
“Quem grita ofensa racista comete crime. Mas quem escuta e finge que nada aconteceu também tem culpa. O silêncio alimenta o racismo e isso precisa acabar! O futebol é para todos e o respeito tem que estar acima de tudo!”, concluiu.
As ofensas racistas vieram de um torcedor do Coritiba presente no Couto Pereira, que gravou um vídeo com o próprio celular.
“Macaco não se cria no Couto Pereira. Vai embora, Léo Pelé, seu macaco. Seu preto, macaco do c******. Vai embora. Aqui não, seu macaco. Aqui não. Olha para cá, seu macaco, seu filho da p***”, disse.
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