Em entrevista exclusiva à ESPN, o presidente do São Paulo, Julio Casares, reclamou da atual organização do Campeonato Brasileiro e ressaltou que chegou a hora dos clubes tirarem o poder das mãos da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
Na visão da Casares, a entidade está “atarefada” com outros aspectos do esporte, como calendário, legislações, VAR e até mesmo a seleção brasileira, e não tem tempo de cuidar do Brasileirão.
O cartola reclamou de como a Série A nacional é “mal vendida” para o mercado do exterior, além de apresentar problemas estruturais nos estádios por todo o país, e argumentou que os clubes, organizados em uma liga, conseguiriam lidar melhor para resolver esses problemas.
“São vários motivos [de por que vê a CBF não conseguindo cuidar do Brasileiro]. Sinto isso numa convergência dos dirigentes. Brasileirão é muito mal vendido par ao exterior, condições de gramado, iluminação, vestiário são ruins. Calendário nem se fala”, iniciou Casares.
“A CBF se esforça, mas tem dinâmica das seleções, outros torneios, legislação das competições, VAR… São tantas tarefas que os clubes têm que olhar como rentabilidade de produto. Está ficando dinheiro na mesa que podemos nos ajudar com isso”, seguiu.
Para o presidente tricolor, o Brasileirão de 2025 está para começar e deve seguir nas mãos da CBF.
No entanto, ele acredita que os times da Série A poderiam se unir para organizar o torneio já no ano que vem.
“Acredito que essa conscientização, todos que pagam as contas veem a dificuldade. Se não vamos organizar o de 2025, vamos ter condição de organizar o de 2026. Estamos dando passo para organizar”, adiantou.
“Se não nos unirmos, vamos ser julgados como incompetentes que não conseguiram. Se a CBF nos deu a chance de fazer a liga, por que não fazer? Temos grandes dirigentes na LFU, na Libra. Temos uma força muito grande e a oportunidade”, acrescentou.
“A seleção precisa de mais atenção, CBF tem dado, mas os clubes precisam dar o primeiro passo”, finalizou.
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