Embora a janela partidária para as eleições de 2026 só aconteça no próximo ano, integrantes da bancada paraibana na Câmara Federal já começaram a articular e avaliar a possibilidade de mudar de partido para garantir a manutenção de seus mandatos. A decisão de trocar de legenda tem se mostrado uma alternativa viável, considerando o fim das coligações proporcionais e a crescente dificuldade das legendas em alcançar, sozinhas, o coeficiente eleitoral necessário para eleger deputados.
Esse movimento de articulação pode ganhar ainda mais força com a iminente adoção do sistema distrital misto, um modelo de votação que vem sendo debatido por parlamentares. Na última semana, o líder do PSD na Câmara, Antônio Brito (PSD), anunciou a criação de uma comissão especial para debater essa mudança, que pode ter um impacto significativo na composição da bancada.
O sistema distrital misto, se aprovado, dividiria o número de deputados de cada bancada ao meio. Isso significaria que seis deputados seriam eleitos pelo sistema distrital — baseado em regiões como João Pessoa, Campina Grande, Sertão, Cariri, Brejo e Curimataú, enquanto a outra metade seria eleita pelo voto proporcional. A Justiça Eleitoral seria responsável por demarcar os distritos de acordo com o número de habitantes de cada área.
Com essa possível mudança, muitos políticos veem uma oportunidade para reforçar suas posições nas siglas que já controlam, principalmente aqueles chamados “caciques”, que têm influência sobre as legendas. Isso pode gerar uma verdadeira dança das cadeiras, com mais parlamentares optando por migrar para partidos que possam lhes garantir uma eleição mais segura em 2026.
O cenário está em construção e promete movimentações políticas intensas. Resta agora aguardar os próximos passos e os efeitos dessas articulações nas eleições futuras.
Redação
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