O Pumas, do México, time em que Daniel Alves atuava até ser preso provisoriamente acusado de estupro, entrou com um processo no Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) pedindo uma indenização no valor de 5 milhões de dólares (R$ 28,8 milhões) ao jogador.
O clube alega que o lateral infringiu os termos de comportamento previstos no contrato assinado por ele mesmo em julho de 2022.
No mesmo dia em que prisão preventiva de Daniel Alves foi decretada, em 20 de janeiro de 2023, Leopoldo Silva, presidente do clube mexicano, anunciou a demissão do jogador.
Naquele ano, o Uol teve acesso a um e-mail enviado pela equipe ao atleta, onde o Pumas afirmou que há cláusulas no contrato de trabalho de Daniel que ”penalizam o envolvimento em casos de doping”, “em qualquer escândalo que se torne público” ou em “qualquer ato que seja considerado crime na legislação do país em que tenha acontecido”.
Dessa forma, o clube alegou que o caso do brasileiro se enquadra nesses termos e, por isso, sempre exigiu uma compensação financeira.
”Devido a gravíssimos descumprimentos do jogador, nos termos dispostos nas cláusulas décima quarta e décima quinta do contrato, o jogador está de forma irremediável obrigado a ressarcir o clube com o pagamento da indenização prevista na cláusula décima quinta do contrato, na quantia de US$ 5.000.000 (cinco milhões de dólares americanos), líquidos, ou seja, livres de qualquer imposto ou retenção”, alegou o Pumas.
Agora, a audiência do caso está marcada para 25 de março de 2025.
Com a camisa do clube mexicano, Daniel Alves disputou 13 jogos, anotou quatro assistências e não fez gols. Sua última partida com a equipe foi no dia 8 de janeiro.
O brasileiro cumpre liberdade provisória desde março de 2024, quando pagou uma fiança de1 milhão de euros (R$ 5,45 milhões) à Justiça da Espanha.
Entenda o caso
No dia 22 de fevereiro, o Daniel Alves foi condenado a quatro anos e meio de prisão por ter agredido sexualmente uma mulher na boate Sutton, em Barcelona, no final de 2022.
A sentença veio duas semanas depois ao fim do julgamento. A defesa do ex-jogador de Barcelona, Paris Saint-Germain, Juventus, São Paulo e seleção brasileira afirmou que irá recorrer da decisão da primeira instância no Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJC) e no Supremo Tribunal da Espanha.
A acusação e a promotoria local se manifestaram contra ao fato de Daniel ter conseguido a liberdade provisória. A argumentação foi de que o risco de fuga permanecia “tanto pela nacionalidade brasileira quanto pela capacidade econômica”.
Ainda antes do julgamento, Daniel Alves pagou à Justiça um valor de 150 mil euros (R$ 801 mil), que serviu como um atenuante da pena.
More Stories
FA vai pedir que Paquetá seja banido do futebol em julgamento neste mês
Atlético-MG atropela o Manaus e avança na Copa do Brasil antes da final do Mineiro
AO VIVO: PSG e Liverpool fazem jogaço na Champions; SIGA TUDO