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Última vitória do Brasil na Argentina teve Messi anulado e show de Luis Fabiano

Brasil e Argentina fazem nesta terça-feira (25), às 21h (de Brasília), uma nova edição de um dos maiores clássicos do futebol mundial. Após a vitória contra a Colômbia, em Brasília, a seleção de Dorival Júnior vai a Buenos Aires para tentar algo que não acontece há 16 anos.

A última vez que o Brasil venceu a Argentina como visitante foi no dia 5 de setembro de 2009, em clássico válido pelas eliminatórias para a Copa do Mundo. Na ocasião, o time dirigido por Dunga encarou o de Diego Maradona para carimbar o passaporte para a Copa do Mundo do ano seguinte, na África do Sul.

A partida, aliás, começou bem antes de a bola rolar. A fim de aumentar a pressão sobre os brasileiros, a AFA passou o jogo para o Gigante de Arroyito, casa do Rosario Central, que substituiu o tradicional Monumental de Núñez, em Buenos Aires. A mudança até hoje está na memória de quem esteve em campo.

“Eles colocaram o jogo em um campo que causasse mais pressão na nossa equipe, o que não resultou em nada. Deixou a gente mais à vontade ainda”, disse o ex-zagueiro Luisão, em entrevista exclusiva à ESPN.

“Nós estávamos tão confiantes que nem ligamos para isso. Deu até mais motivação. A gente entrou com determinação alta para conquistar a vitória”, completou Luis Fabiano, que ainda teria aquela noite como uma das mais especiais de sua carreira na seleção.

As escalações e o ‘golaço do silêncio’

Dunga mandou o Brasil a campo com: Júlio Cesar; Maicon, Lúcio, Luisão e André Santos; Felipe Melo, Gilberto Silva, Elano e Kaká; Robinho e Luis Fabiano.

Maradona também não poupou estrelas e escalou a Argentina com: Andujar; Zanetti, Sebá, Otamendi e Heinze; Mascherando, Maxi Rodríguez, Verón e Dátolo; Messi e Tévez.

Não demorou muito para a seleção abrir o placar com Luisão, aos 24 minutos, após cruzamento de Elano. Quase na sequência, aos 29, Luis Fabiano aproveitou rebote e encaminhou a vitória brasileira, para desespero dos argentinos.

A emoção voltou ao clássico no segundo tempo, quando Dátolo, já ao 20 minutos, diminuiu o placar em um chute de longe. Só que o banho de água fria aconteceu pouco depois. Luis Fabiano recebeu lançamento primoroso de Kaká, aproveitou a saída do goleiro e, com uma bela cavadinha, “calou” o estádio inteiro.

“Eu e Kaká jogamos juntos, então tínhamos uma conexão muito grande. Antes daquele gol, já tinha acontecido uma jogada parecida, mas ele jogou a bola mais para dentro. Falei: ‘Na próxima, joga mais para fora'”, contou o ex-atacante.

“Ali a gente matou o jogo de vez”, completou o hoje comentarista da ESPN, que lembra do silêncio que o lance causou em Rosário. “É uma torcida que faz barulho, uma pressãozinha, mas quando você entra de campo você acaba esquecendo, foca no seu trabalho. O mais bonito foi ver o silêncio dele a cada gol. Isso é mais gostoso”.

Nem Messi parou aquele Brasil

Titular naquela noite em Rosário, Lionel Messi era um jogador ainda em formação. Apesar de ser estrela do Barcelona, o craque sequer tinha vencido a Bola de Ouro, que viria pouco tempo depois.

Sua presença em campo, porém, praticamente não surtiu efeito, como bem lembra Luisão, um dos responsáveis por marcá-lo.

“Messi ainda não estava tão maduro como foi ao longo da carreira. Estava começando. E contra a seleção brasileira, fica tudo mais difícil. Aquele jogo mostrou a nossa coesão. Ele passou despercebido. A seleção era muito forte”, disse o ex-zagueiro, que negou a existência de alguma instrução de Dunga.

“Quando a gente vai jogar contra a Argentina, a gente só pensa na rivalidade que existe e em dar conta do recado. Eu não era um jogador que chegava pra bater, não era meu estilo”, concluiu.

Diferentemente de 2009, o duelo entre Argentina e Brasil nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2026 acontecerá no Monumental de Núñez, onde mais de 80 mil torcedores empurrarão a atual campeã do mundo. As fases das seleções também são diferentes: atuais campeões do mundo, os hermanos lideram o torneio, enquanto a equipe de Dorival Júnior ainda capenga.

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FONTE: ESPN