A sucessão de Dorival Júnior no comando da seleção brasileira vem gerando debate sobre o novo comandante ser ou não um estrangeiro. Apesar de aceitarem a ideia, dois ex-jogadores que vestiram e foram vencedores com a amarelinha preferem um brasileiro.
Felipe Melo, por exemplo, vê três nomes com capacidade de assumirem a equipe, por diferentes razões.
“Esse debate do treinador estrangeiro é muito bom. Mas eu acho que temos treinadores brasileiros, material humano, muito bom para defender a seleção. Não sou contra a vinda de estrangeiros, é muito bom para o Brasil, subiram o sarrafo dos brasileiros”, disse no programa Fechamento Sportv.
“Mas acho que temos treinadores brasileiros, temos que seguir dando oportunidades, tendo paciência. Temos Rogério (Ceni), Renato Gaúcho, (André) Jardine, que conhece seleção brasileira e está fazendo história no México”, completou.
Denílson, por sua vez, fez um coro maior por Rogério Ceni, argumentando que o atual comandante do Bahia não teria “rabo preso” para tomar algumas decisões difíceis relacionadas a grandes nomes como Neymar e Vinicius Jr..
“Eu, antes, era mais reticente a um treinador estrangeiro. De um tempo para cá, estou mais flexível em relação a essa escolha. Por que eu acho que um estrangeiro é um tapa na cara da sociedade brasileira? Porque os números dos títulos que nós temos na seleção brasileira estão em evidência, foram cinco títulos mundiais com treinadores brasileiros. Ora chegando bem, ora mal, mas sempre com treinador brasileiro”, afirmou.
“O treinador estrangeiro, e eu não sou contra, acho que a gente tem que dar mais oportunidade e ter mais paciência com o que vem do Brasil. O Rogério Ceni, quando eu levanto a questão dele na seleção brasileira, além de tudo que falei sobre o comprometimento dele, ele é um treinador que não tem rabo preso com ninguém, pode dar um choque de realidade na seleção”, seguiu.
“Ele pode chegar no Neymar e falar: ‘Neymar, eu estou contigo, mas eu preciso de você comprometido. Você vai se comprometer? Se você se comprometer, eu vou levar você comigo. Mas você vai se comprometer?’ Ele pode chegar no Vini Jr. e falar: ‘nos últimos jogos foi mal, vai descansar um pouquinho’. Eu faria isso, fácil”, acrescentou.
Vinicius Jr. no banco? Denílson aprova
Denílson, inclusive, vê a falta de ‘personalidade’ para se tirar alguns medalhões como uma das falhas de Dorival na seleção. E citou Vinicius Jr. como um nome que merecia ser mais vezes substituído.
“Um dos comentários meus nos jogos da seleção brasileira é: por que o Dorival não substituiu o Vini? Apesar de ele ter feito o gol que deu um respiro ao Dorival, mas contra a Argentina, o que ele fez? Se você olhar a tática, quem estava in loco, a sensação era pior do que na televisão”, avaliou.
“O espaço, os jogadores no início tentaram fazer uma marcação pressão que não aconteceu, porque a Argentina estava confortável. Então, por que não tirar o Vini? Não é o mesmo do Real Madrid. Por que você não tem a personalidade de tirar o Vini no meio do jogo? Qual é o problema? Não sei o problema que o Dorival tinha de tirar o Vini. O próprio jogador sabe quando não joga bem”, finalizou.
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