16 de abr de 2025 às 12:12
Dom Angélico Sândalo Bernardino, bispo-emérito de Blumenau (SC), morreu ontem (15) na casa paroquial do padre Antônio Leite Barbosa Júnior, na Vila Brasilândia, zona norte de São Paulo (SP). Dom Angélico Sândalo Bernardino tinha 92 anos e desde novembro de 2024 passou por várias cirurgias e internação no Hospital Santa Catarina, em São Paulo (SP).
“Dom Angélico exerceu seu episcopado com dedicação, marcando a história da Igreja no Brasil como bispo auxiliar de São Paulo e como primeiro bispo da diocese de Blumenau, desde sua criação em 2000”, disse a diocese de Blumenau. “Elevamos nossas preces a Deus, com confiança na Sua misericórdia e na promessa da vida eterna” para “que o Senhor acolha dom Angélico em Sua paz e o recompense por todo o bem que realizou ao longo de sua caminhada”.
Dom Angélico Sândalo está sendo velado desde às 8h de hoje (16), na paróquia Nossa Senhora Aparecida, na Vila Zat, Região da Brasilândia (SP). Às 15h, o arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Pedro Scherer celebra uma missa de corpo presente. Depois da celebração, o corpo do bispo emérito segue para Blumenau.
Segundo a diocese de Blumenau, o corpo de dom Angélico deve chegar à catedral de Blumenau amanhã (17), por volta das 10h e às 14h, será celebrada uma missa de exéquias, seguida do sepultamento na cripta da catedral.
Dom Angélico Sândalo Bernardino nasceu no dia 19 de janeiro de 1933, em Saltinho (SC). Em 12 de julho de 1959, foi ordenado padre em Ribeirão Preto (SP). Durante seu ministério sacerdotal foi diretor espiritual do seminário arquidiocesano Maria Imaculada de Brodowski, em Ribeirão Preto (SP); coordenador de pastoral; diretor do jornal Diário de Notícias; assistente eclesiástico do Movimento Familiar Cristão (MFC), das Equipes de Nossa Senhora e dos Cursilhos de Cristandade.
Em 12 de dezembro de 1974, foi nomeado bispo-auxiliar de São Paulo pelo papa são Paulo VI. Seu lema episcopal foi: “Deus é Amor”. Na arquidiocese de São Paulo foi bispo das regiões: Belém, São Miguel e Brasilândia; Ele também foi presidente do regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); responsável pela Pastoral Operária de São Paulo; diretor do jornal O São Paulo; responsável pela Cáritas no regional Sul 1 da CNBB; Em 1992 participou da Quarta Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, em Santo Domingo; Em 1999 foi delegado eleito na Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para América, em Roma. Entre 1995 a 2002 foi membro da Comissão Episcopal de Pastoral (CEP) -Setor Vocações e Ministérios da CNBB.
Em 19 de abril de 2000, foi nomeado como o primeiro bispo de Blumenau, pelo papa são João Paulo II. Foi presidente do regional Sul-4 da CNBB e delegado eleito na Conferência de Aparecida. Em 18 de fevereiro de 2009 teve a sua renúncia aceita por limite de idade (75 anos), pelo papa Bento XVI, tornando-se então bispo emérito de Blumenau; depois de sua aposentadoria decidiu voltar para São Paulo e morar em Jardim Primavera. Como bispo emérito, foi membro da Comissão dos bispos eméritos da CNBB.
Presidente Lula
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em suas redes sociais que recebeu “com profunda tristeza a notícia do falecimento do querido dom Angélico, que dedicou sua vida à solidariedade e ao amor ao próximo, como nos ensinou Jesus Cristo”.
Dom Angélico celebrou missa em 7 de abril de 2018 pela ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Ele também celebrou o casamento do presidente com Rosângela Lula da Silva (Janja) em 2022.
“Dom Angélico esteve comigo nos momentos mais preciosos de minha vida, nos casamentos dos meus filhos, batizados dos meus netos e meu casamento com Janja (…) das greves dos trabalhadores em São Paulo nas décadas de 70 e 80, passando por momentos históricos da luta pela redemocratização e pela justiça social no nosso país”, disse Lula.
“Amai-vos e não armai-vos” era sua lição para todos nós”, disse o presidente. Lula disse que ele e dom Angélico estiveram “sempre juntos do lado da verdade e do bem comum”.
“Na semana passada, eu e Janja o visitamos num encontro de muito carinho e boas recordações. Descanse em paz, companheiro. Minha solidariedade a todos os fiéis que acompanharam sua trajetória”, expressou Lula.
CNBB
Em nota, a presidência da CNBB manifestou seu agradecimento “a dom Angélico por sua dedicação e serviços prestados ao episcopado brasileiro, à CNBB, aos seus regionais Sul 1 e Sul IV e à Comissão dos Bispos Eméritos de nossa Conferência” e pediu: “Seja este momento forte da nossa Liturgia fonte da força e consolo para todos que sentem a despedida deste irmão. Acreditando na Ressurreição, desejamos que brilhe para ele a luz eterna”.
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