20 de abr de 2025 às 10:24
O papa Francisco pediu para buscar Cristo “em todo lado”, acompanhando como Ele “as lágrimas de quem sofre”, porque a Ressurreição torna impossível reduzi-lo a “um herói do passado” ou ser indiferente ao sofrimento.
“Ele está vivo e permanece sempre conosco, chorando as lágrimas de quem sofre e multiplicando a beleza da vida nos pequenos gestos de amor de cada um de nós”, disse o papa no texto da homilia que preparou para a solene missa do Domingo de Páscoa, que celebrada pelo cardeal Angelo Comastri.

O rito começou com o tradicional Resurrexit, com o qual todos os presentes na Praça de São Pedro e aqueles que acompanharam a celebração ao vivo foram convidados a se juntar ao júbilo da vitória de Jesus Cristo sobre a morte.
O papa, que surpreendeu um grupo de peregrinos ontem (19), Sábado Santo, quando fez uma aparição surpresa na basílica de São Pedro para rezar, disse que o anúncio da Páscoa é que a “morte” não foi capaz de segurar Cristo, que ele “já não está envolvido pelo sudário e, por isso, não podemos encerrá-lo numa bonita história para contar”.

“Não podemos fazer dele um herói do passado ou pensar nele como uma estátua colocada na sala de um museu”, disse.
Em sua homilia, o papa Francisco refletiu sobre a atitude dos discípulos que, ao receberem “aquela surpreendente notícia, saíram e – diz o Evangelho – ‘corriam os dois juntos’”.
“Os protagonistas dos relatos pascais correm todos! E este’correr’ exprime, por um lado, a preocupação de que tivessem levado o corpo do Senhor; mas, por outro lado, a corrida de Maria Madalena, de Pedro e de João fala do desejo, do impulso do coração, da atitude interior de quem se põe à procura de Jesus”, disse Francisco, observando que os cristãos não podem permanecer imóveis.
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“Porque se Ele ressuscitou, então está presente em toda a parte, habita no meio de nós, esconde-se e revela-se ainda hoje nas irmãs e nos irmãos que encontramos pelo caminho, nas situações mais anônimas e imprevisíveis da nossa vida”, disse.
É por isso que a fé pascal, enfatizou, “é tudo menos uma acomodação estática ou um pacífico conformar-se numa segurança religiosa qualquer”.

Pelo contrário, o papa disse que a Páscoa “põe-nos em movimento” e a ter olhos capazes de “‘ver mais além’, para vislumbrar Jesus, o Vivente, como o Deus que se revela e ainda hoje se torna presente, nos fala, nos precede, nos surpreende”.
“Aqui está a maior esperança da nossa vida: podemos viver esta existência pobre, frágil e ferida agarrados a Cristo, porque Ele venceu a morte, vence a nossa escuridão e vencerá as trevas do mundo, para nos fazer viver com Ele na alegria, para sempre”, disse, enfatizando que o Jubileu da Esperança 2025 chama os fiéis a renovar sua esperança e compartilhá-la com a humanidade.

Ele acrescentou: “Não podemos estacionar o nosso coração nas ilusões deste mundo, nem fechá-lo na tristeza; temos de correr, cheios de alegria. Corramos ao encontro de Jesus, redescubramos a graça inestimável de ser seus amigos”.
Finalmente, o cardeal Comastri agradeceu ao papa Francisco por seus esforços na preparação da homilia: “Obrigado, papa Francisco, por este forte convite para despertar nossa fé em Jesus, ressuscitado e vivo e sempre presente ao nosso lado”, disse ele depois de desejar uma boa Páscoa a todos os presentes.
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