25 de abr de 2025 às 18:00
Ocorreu hoje (25) às 20h (15h no horário de Brasília) o rito de fechamento do caixão do papa Francisco. Essa cerimônia solene, privada e altamente simbólica prepara o corpo do papa para o sepultamento.
Dom Diego Ravelli, mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias da Santa Sé, foi o responsável pela elaboração do rogito, ata oficial que narra a vida e as obras mais importantes do papa Francisco, “pelas quais daremos graças a Deus”, segundo o Ordo Exsequiarum Romani Pontificis.
O documento foi colocado num tubo de metal, selado e lacrado para a posteridade, e colocado dentro do caixão. Outra cópia do documento passará a fazer parte do arquivo do Departamento das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice.
O documento, publicado pela Santa Sé depois da cerimônia, fala sobre a biografia e os momentos mais significativos da vida de Francisco desde que ele foi eleito sucessor de são Pedro.
O documento destaca especialmente o dom do seu serviço “corajoso e fiel” ao Evangelho e à Esposa de Cristo. “Sua memória permanece no coração da Igreja e de toda a humanidade”, diz o texto.
O texto também destaca a simplicidade e proximidade de Francisco com o povo.
“Ele foi um defensor constante dos mais pobres, dos idosos, dos marginalizados e das crianças”, diz o documento. Destaca-se também o trabalho do papa Francisco no diálogo inter-religioso, e o documento cita que ele convocou dez consistórios e criou 163 cardeais de 73 países.
A oração de Francisco, na praça de São Pedro vazia, na pandemia de COVID-19, tem menção especial. No rogito, colocado ao lado dos restos mortais do papa, também destaca seus apelos pela paz, especialmente em países como Ucrânia, Palestina, Israel, Líbano e Mianmar.
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Há também menção a suas quatro encíclicas, sete exortações apostólicas e 39 constituições apostólicas. A reforma da Cúria Romana com a constituição apostólica Praedicate evangelium e a legislação contra os abusos na Igreja são mencionadas para a posteridade.
“Francisco deixou a todos nós um admirável testemunho de humanidade, vida santa e paternidade universal”, concluem as atas.
Antes de o caixão ser selado, o rosto do papa foi coberto com um véu branco simbolizando a pureza. Um saco de pano contendo moedas de ouro, prata e bronze cunhadas em seu pontificado também foi colocado dentro do caixão.
O rito teve a presença de um pequeno grupo de membros da hierarquia eclesiástica; os secretários do papa Francisco, Daniel Pellizon, Juan Cruz Villalón e Fabio Salerno; e outras pessoas autorizadas pelo mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, dom Diego Ravelli.
Depois da cerimônia, tudo está pronto para as exéquias do papa Francisco, que acontecerão amanhã (26), às 10h (5h no horário de Brasília), na praça de São Pedro, no Vaticano.
O rito de lacrar o caixão ocorreu no Altar da Confissão na basílica de São Pedro e foi celebrado pelo cardeal camerlengo Kevin Farrell.

À noite, o capítulo da basílica de São Pedro se manterá em oração velando o corpo do papa a missa de amanhã de manhã.
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