7 de mai de 2025 às 15:44
Embora todos os olhos estejam voltados para os cardeais eleitores atualmente, há um grupo de pessoas — leigos e clérigos — que, anonimamente e com absoluta discrição, supervisionam cada detalhe para garantir que o conclave ocorra sem problemas.
Nada que acontece dentro dos muros do Vaticano pode ser revelado, e todo o pessoal envolvido nesse evento crucial deve prestar juramento e se comprometer a manter o mais estrito sigilo sobre o que vivenciam nestes dias que mantêm o mundo inteiro em suspense.
Por isso, os responsáveis e oficiais do conclave, previamente aprovados pelo cardeal camerlengo Kevin Farrell e pelos três cardeais auxiliares, prestaram juramento na segunda-feira (5), na Capela Paulina, no Palácio Apostólico, no Vaticano.

Quem faz parte desse grupo?
Segundo a constituição apostólica Universi dominici gregis, o grupo tem um clérigo de confiança do cardeal que lidera o conclave, e de dois religiosos agostinianos responsáveis pela sacristia pontifícia.
Também prestaram juramento os confessores, que falam várias línguas, que estarão disponíveis nos dias do conclave; a equipe médica e enfermeiros e até mesmo os ascensoristas do Palácio Apostólico.
No grupo, também há a equipe de limpeza e da cozinha, com um grupo de leigos “de confiança” e as freiras que administram a Casa Santa Marta, as Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo.
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Os funcionários da floricultura e os técnicos de atendimento também estiveram presentes no evento na última segunda-feira, assim como os motoristas que transportam os cardeais da Casa Santa Marta.
Dois oficiais da Guarda Suíça Pontifícia, responsáveis pela segurança da Capela Sistina, também se comprometeram a não revelar o que verão a partir de hoje.
O diretor de Segurança e Proteção Civil do Estado da Cidade do Vaticano, junto com parte de sua equipe, também prestou juramento.
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Excomunhão automática em caso de quebra do juramento
Entre os eclesiásticos que não são cardeais, mas que, no entanto, têm um papel relevante no conclave estão o mestre de celebrações litúrgicas pontifícias da Santa Sé, monsenhor Diego Ravelli; o secretário do Colégio dos Cardeais, que é secretário da assembleia eletiva; e oito mestres de cerimônia, responsáveis por entregar as cédulas de votação aos cardeais.
Essa equipe se comprometeu a manter a mais estrita confidencialidade sobre tudo o que envolvesse o conclave, mesmo depois de sua conclusão. Além disso, eles serão proibidos de fazer gravações de áudio ou vídeo. Qualquer tentativa de quebrar o juramento é punível com excomunhão automática (latae sententiae ), imposta diretamente pela Santa Sé.
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