20 de mai de 2025 às 16:30
O bispo de Springfield, Illinois, Thomas Paprocki, o bispo de Fort Wayne-South Bend, Indiana, Kevin Rhoades, e o padre Thomas Ferguson integrarão o conselho consultivo da Comissão de Liberdade Religiosa criada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, segundo a Casa Branca.
Os três se juntarão ao arcebispo de São Francisco, Califórnia, Salvatore Cordileone, no Conselho Consultivo de Líderes Religiosos da comissão. O arcebispo de Nova York, cardeal Timothy Dolan; e o bispo de Winona-Rochester, Minnesota, Robert Barron estão na comissão.
Rhoades é presidente do Comitê de Liberdade Religiosa da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA. Paprocki teve um papel importante na campanha Quinzena pela Liberdade da conferência na década de 2010, segundo a Casa Branca.
Ferguson, que é pároco da igreja Good Shepherd (Bom Pastor) em Alexandria, no Estado da Virgínia, também tem doutorado em governo e é autor do livro Catholic and American: The Political Theology of John Courtney Murray (Católico e Americano: A Teologia Política de John Courtney Murray, em tradução livre), que fala sobre a liberdade religiosa e no catolicismo nos EUA.
“Estamos ansiosos… pela celebração do 250º aniversário da Declaração da Independência no ano que vem”, disse Ferguson à CNA, agência em inglês da EWTN, dizendo que espera que a comissão possa ajudar a “destacar… o quão importantes comunidades religiosas como a Igreja Católica são para nossa sociedade”.
Ferguson disse que a presença do clero católico na comissão “é extremamente bem-vinda pela nossa Igreja”, dizendo também que “isso realmente nos coloca num fórum em que podemos fazer o importante trabalho de educar as pessoas”.
Ferguson pretende se concentrar na obrigação de serviços que “violam nossa consciência” em questões como contracepção, esterilização e medicamentos e cirurgias cosméticas de gênero. “Devemos estar vigilantes [contra] todas essas coisas que consideramos moralmente questionáveis”, diz Ferguson.
Ele disse que também está preocupado com “para onde o país está indo em termos de fertilização in vitro” e disse que há alguns políticos que “se referem a si mesmos como legisladores pró-vida [apesar de] serem defensores da fertilização in vitro”.
“Também é preciso proteger a vida humana… criada por meio da fertilização in vitro”, disse Ferguson, falando sobre os milhões de embriões humanos destruídos pelo processo de fertilização in vitro.
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Ferguson falou sobre uma nova lei no Estado de Washington que levará à prisão de padres se eles não denunciarem abusos infantis dos quais tomam conhecimento no sacramento da confissão, o que violaria o “absoluto senso de sigilo [de uma] … confissão sacramental”.
“Essa é uma área”, disse ele, “onde podemos ser muito consistentes ao ensinar, explicar e esclarecer para as pessoas: É assim que exercemos livremente nossa religião em termos da Primeira Emenda” da Constituição dos EUA.
Comissão de Liberdade Religiosa
Além do conselho consultivo composto por clérigos religiosos, a Casa Branca também criou um conselho consultivo composto por especialistas jurídicos e outro por líderes leigos. Esses conselhos auxiliarão a comissão na elaboração do seu relatório final.
A comissão e seus conselhos consultivos são compostos por membros de várias religiões, como o catolicismo, a ortodoxia, o protestantismo, o islamismo e o judaísmo.
O relatório delineará as ameaças atuais à liberdade religiosa nos EUA e apresentará estratégias sobre como garantir a proteção legal quando os direitos são atacados. Ele também apresentará os fundamentos da liberdade religiosa nos EUA e dará orientações sobre como aumentar a conscientização sobre o pluralismo religioso historicamente pacífico no país.
Algumas das principais áreas de foco da comissão são proteção de consciência, liberdade de expressão para entidades religiosas, autonomia institucional, ataques a locais de culto, direitos dos pais na educação e escolha de escolas.
Trump criou a comissão em 1º de maio por meio de um decreto, que coincidiu com o Dia Nacional de Oração nos EUA.
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