30 de mai de 2025 às 15:41
Membros da Conferência Episcopal Italiana (CEI) se reuniram em Roma na terça-feira (27) para seu conselho episcopal permanente. Eles destacaram a necessidade de proteger a dignidade humana em todas as fases da vida.
Depois que o Tribunal Constitucional da República Italiano pediu na terça-feira ao Parlamento que aprovasse uma lei regulando o “suicídio assistido”, a CEI pediu que a dignidade infinita da pessoa, “da concepção à morte natural”, seja sempre protegida e promovida em todas as etapas.
Especialmente nos momentos de maior vulnerabilidade, enfatizando o interesse fundamental da criança “de ser incluída num projeto parental com figuras maternas e paternas”.
A conferência episcopal também pediu que se garanta que “o momento final da vida seja vivido com dignidade, no cuidado e acompanhamento”. Para isso, a CEI pediu a implementação integral da Lei de Cuidados Paliativos.
A urgência do cessar-fogo
Outra das conclusões mais notáveis dessa reunião foi o apelo ao cessar-fogo para evitar a tragédia da guerra, “que une tragicamente várias partes do mundo”, especialmente na Ucrânia e na Faixa de Gaza.
A conferência episcopal criticou o “preço inaceitável” que populações inteiras estão pagando, reafirmando a necessidade de garantir os direitos humanos, segundo o comunicado final divulgado depois do encontro.
O arcebispo de Bolonha, cardeal Matteo Zuppi, presidente da CEI, também reiterou a urgência de um compromisso concreto com uma paz que, como a definiu o papa Leão XIV, é “desarmada e desarmante”.
O conselho permanente falou sobre a disposição da Igreja na Itália de “promover e apoiar todos os esforços para silenciar as armas, libertar os reféns e encontrar soluções políticas adequadas para que todos os povos possam viver em segurança”.
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A Conferência Episcopal Italiana se uniu ao papa no apelo pelo “respeito à dignidade das pessoas, entrada irrestrita de ajuda, abertura de corredores humanitários” na Faixa de Gaza. Também exortou a comunidade internacional a agir para pôr fim às hostilidades.
A CEI também exortou os fiéis a fazerem penitência e rezarem pela paz, confiando no “sopro” do Espírito Santo num momento histórico “marcado por guerras e discórdias”.
Caminho sinodal e esperança para os presos
A conferência episcopal também falou sobre a continuação do caminho sinodal depois dos resultados da segunda assembleia sinodal e o subsequente adiamento da assembleia-geral.
Segundo a CEI, a assembleia sinodal, que ocorreu de 30 de março a 3 de abril, foi “uma experiência viva e criativa para as Igrejas na Itália”. “O debate não enfraqueceu de forma alguma a capacidade de planejamento”.
O trabalho dos grupos de estudo, continua, produziu dezenas de observações, “integrações e emendas que estão atualmente sendo estudadas”.
O texto será votado novamente em novembro e terá temas como “uma missão com estilo de proximidade, formação para a vida e a fé e responsabilidade compartilhada na participação e gestão das estruturas”.
O comunicado dedicou um espaço à reflexão sobre a situação nas prisões. No âmbito do Jubileu da Esperança, foram pedidas “iniciativas que restaurem a esperança”, como formas de anistia ou de perdão.
A CEI pediu a implementação de medidas alternativas e disposições de clemência, “junto com uma mudança de política que promova a dignidade humana, fomentando nos centros penitenciários a educação e a redenção”.
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