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A Igreja ‘sempre defenderá o direito sacrossanto de crer em Deus’, diz Leão XIV

Leão XIV disse hoje (10) a representantes do papa que a Igreja “sempre defenderá o direito sacrossanto de crer em Deus”.

Em seu discurso, dito na Sala Clementina do Palácio Apostólico, no Vaticano, ele agradeceu aos representantes do papa junto aos Estados e organizações internacionais ao redor do mundo por seu trabalho.

Leão XIV disse que “não há país no mundo” com um corpo diplomático tão universal e unido como o da Santa Sé: “Estamos unidos em Cristo e na Igreja”.

Ele agradeceu especialmente por darem a documentação, as reflexões e os resumos preparados por diplomatas diante de uma situação que preocupa a Igreja num determinado país. “Isso é motivo de grande apreço e gratidão para mim”, disse o papa.

“Digo isso pensando, sem dúvida, na sua dedicação e organização, mas ainda mais nas motivações que os guiam, no estilo pastoral que os caracteriza, no espírito de fé que os inspira”, disse também Leão XIV.

Sede sempre o olhar de Pedro

O papa disse então com os presentes o relato do livro bíblico dos Atos dos Apóstolos (cf. 3,1-10) da cura do paralítico, uma cena que, em sua opinião, “ bem descreve o ministério de Pedro”.

Para Leão XIV, o homem que pede esmola na porta do templo representa “a imagem de uma humanidade que perdeu a esperança e se resignou”.

“Ainda hoje, a Igreja encontra frequentemente homens e mulheres sem alegria, que a sociedade marginalizou ou que a vida obrigou, de certa forma, a mendigar para sobreviver”, lamentou o papa.

Depois de olhá-lo nos olhos, são Pedro apóstolo disse ao paralítico: “Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!”

Depois de citar essa passagem, Leão XIV disse que “olhar nos olhos um do outro significa construir um relacionamento”.

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“O ministério de Pedro é criar relacionamentos, pontes; e um representante do papa está, antes de tudo, a serviço deste convite, deste olhar nos olhos. Sede sempre o olhar de Pedro! Sede homens capazes de construir relacionamentos onde é mais difícil”, exortou o papa, instando-os a fazer isso com humildade e realismo.

Dar Cristo é dar amor

Leão XIV então enfatizou que “dar a Cristo significa dar amor, testemunhar aquela caridade que está pronta para tudo”.

O papa também depositou sua confiança no corpo diplomático da Santa Sé para que “todos saibam que a Igreja está sempre pronta para tudo por amor, que está sempre do lado dos últimos, dos pobres, e que sempre defenderá o direito sacrossanto de crer em Deus, de crer que esta vida não está à mercê dos poderes deste mundo, mas é atravessada por um significado misterioso”.

“Só o amor é digno de fé, diante da dor dos inocentes, dos crucificados de hoje, que muitos de vós conheceis pessoalmente porque servis povos vítimas de guerra, de violência, de injustiça, ou mesmo daquele falso bem-estar que engana e desilude”, disse também Leão XIV.

Ele também os encorajou a ter “um olhar bendizente” e a “ser sempre capaz de ver o bem, mesmo o bem escondido”.

“Considerem-se missionários, enviados pelo papa para serem instrumentos de comunhão, de unidade, a serviço da dignidade da pessoa humana, promovendo em todos os lugares relacionamentos sinceros e construtivos com as autoridades com as quais serão chamados a cooperar”, exortou o papa.

Concluindo, Leão XIV reafirmou que seu trabalho “deve ser sempre iluminado pela firme determinação de buscar a santidade”.

Depois do discurso, os representantes papais receberam um anel com a inscrição sub umbra Petri (sob a sombra de Pedro) como um presente do papa, como sinal de comunhão.

FONTE: ACI Digital