O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), relatou neste sábado (14), em entrevista à CNN Brasil, a tensão vivida por ele e outros integrantes de uma comitiva brasileira que está em Israel desde quinta-feira (12), quando teve início a escalada de ataques entre o país e o Irã. Cícero participa de um evento oficial com outras lideranças políticas brasileiras, que foram surpreendidas pela deflagração do conflito.
“Desde quinta-feira fomos surpreendidos com esse episódio da guerra. Mas também faço registro que toda a comitiva se mantém em lugar seguro pelo governo de Israel, que viemos convidados por eles. E estamos enfrentando essa rotina que, infelizmente, nos pegou de surpresa”, afirmou o prefeito.
Segundo Cícero, o grupo está abrigado nos arredores de Tel Aviv e tem seguido orientações diretas das autoridades israelenses. Quando há alertas de ataques, todos são conduzidos imediatamente aos bunkers de segurança. “Somente na noite de ontem, fomos três vezes para os bunkers. A noite foi de bastante preocupação e gerou reações diferentes em cada pessoa do grupo”, relatou.
O prefeito destacou que, apesar de se sentirem protegidos, a ansiedade cresce a cada dia diante da incerteza sobre a continuidade e a escalada do conflito. “A preocupação é essa: se a condição aumentar, a incerteza de quando poderemos voltar num processo como esse… Israel, você sabe que começa de um jeito e pode ir piorando”, lamentou.
Buscando uma solução para o retorno do grupo, o filho do prefeito, deputado federal Mersinho Lucena (PP), viajou neste sábado para a Arábia Saudita com o objetivo de viabilizar a saída de Cícero e demais brasileiros por via terrestre, através da Jordânia. O apelo principal da comitiva é para que os governos de Israel e do Brasil encontrem alternativas de retirada em segurança.
“Temos acionado o governo brasileiro no sentido de que, através do seu braço diplomático, possa nos proporcionar alternativas para que a gente retorne o mais rápido possível para o Brasil com segurança. Essa espera pacífica não nos trará conforto e, sem dúvida nenhuma, pode trazer reações muito piores do que em condições normais”, alertou o prefeito pessoense.
Cícero finalizou seu relato pedindo a Deus que não haja uma intensificação do conflito: “Esse é o nosso desejo”.
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