Alegando uma ameaça de “rebelião”, a Rússia reforçou a segurança em Moscou nesta sexta-feira (23) e pediu a prisão do líder do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, depois que este ameaçou responder a um ataque contra um acampamento da milícia que atribuiu às forças russas.
Segundo informações da agência russa Tass, “instalações
críticas” de Moscou foram colocadas sob proteção reforçada. A segurança também
foi intensificada em Rostov, cidade perto da fronteira com a Ucrânia.
“As medidas de segurança em Moscou foram reforçadas; todas as instalações críticas, estruturas governamentais e de infraestrutura de transportes foram colocadas sob proteção reforçada”, informou uma fonte à Tass, que acrescentou que as unidades especiais da Guarda Nacional Russa foram colocadas em alerta total.
A Tass informou que um processo criminal foi aberto contra Prigozhin,
segundo relatou à agência o Centro de Relações Públicas do Serviço de Segurança
Federal (FSB). “Em meio à gravidade da situação e à ameaça de escalada do
confronto na Federação Russa, o FSB abriu um processo criminal devido ao fato
de convocação de uma rebelião armada por parte de Yevgeny Prigozhin”, afirmou o
FSB.
Em um comunicado, a agência, uma das sucessoras da KGB,
pediu aos combatentes do Wagner “que não cometam erros irreparáveis, parem
quaisquer ações enérgicas contra o povo russo, não cumpram as ordens criminosas
e traiçoeiras de Prigozhin e tomem medidas para detê-lo” e acusou o líder do
Wagner de “convocar um golpe armado”.
Mais cedo, em um áudio no Telegram, Prigozhin havia relatado
que tropas russas atacaram um acampamento da milícia e mataram “dezenas” de
homens. Ele prometeu “responder a essas atrocidades”. O Ministério da Defesa
russo negou as acusações.
O grupo mercenário tem ajudado as tropas russas na invasão à Ucrânia, mas em várias oportunidades Prigozhin manifestou insatisfação com o comando militar russo, alegando que a falta de apoio gerou grandes perdas nas suas fileiras, e prometeu retirar suas forças do país invadido.
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