O presidente da Rússia, Vladimir Putin, deu nesta segunda-feira (26) três opções para os combatentes do grupo paramilitar Wagner: ingressar nas tropas russas regulares, ir para Belarus (para onde o chefe da milícia, Yevgeny Prigozhin, deve se deslocar) ou se desmobilizar.
Em um pronunciamento, Putin disse que os integrantes do Wagner tomaram a “decisão certa” ao interromper seu avanço em território russo (que chegou a poucas centenas de quilômetros de Moscou) no sábado (24).
“Agradeço aos soldados e comandantes do Grupo Wagner, que
tomaram a única decisão que seria certa – não optaram pelo derramamento de
sangue fratricida, pararam na linha derradeira”, disse o presidente russo.
Putin acrescentou que os combatentes do Wagner terão a “oportunidade
de continuar servindo a Rússia, firmando um contrato com o Ministério da Defesa
ou outras agências de aplicação da lei, ou de retornar para sua família e
amigos. Quem quiser pode ir para Belarus”.
Na sexta-feira (23), Prigozhin anunciou uma resposta a um ataque contra um acampamento da milícia que atribuiu às forças russas. Os combatentes do Wagner avançaram dentro do território russo, mas no sábado foi anunciado um acordo por meio do qual o chefe do grupo mercenário iria para Belarus, aliado do Kremlin, e a marcha foi interrompida.
O grupo mercenário tem ajudado as tropas russas na invasão à Ucrânia, mas em várias oportunidades Prigozhin manifestou insatisfação com o comando militar russo, alegando que a falta de apoio gerou grandes perdas nas suas fileiras, até a eclosão da crise com o Kremlin dos últimos dias.
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