O tema ”calendário brasileiro” foi novamente pauta no Flamengo. Dessa vez, Marcos Braz, vice-presidente de futebol do clube rubro-negro, e Bruno Spindel, diretor de futebol, voltaram a abrir fogo contra a CBF.
Nesta sexta-feira (23), após a apresentação de Michael, que foi contratado junto ao Al Hilal, Braz afirmou que a entidade simplesmente não liga para o futebol nacional.
“Ou você reduz o número de jogos em competições A, B, C, D – não quero falar em qual competição isso precisa ser feito. Faz isso ou é conversa fiada. É matemático. Você não consegue ajustar o número de jogos. Infelizmente, não acredito em bom senso nesse tema. Não é questão de bom senso, é questão de matemática. Das principais ligas do futebol mundial, Inglaterra, Espanha, França, Brasil, Argentina. Na Europa inteira, na Ásia inteira”, começou por dizer.
”Qual é a liga que não para o seu campeonato nacional? É o Brasileiro. Então o Brasil está certo e o mundo todo está errado. E o pior. Vou te falar o pior: todo mudo sabe disso. A vergonha e a falta de cara de pau é essa. Todo mudo sabe disso. Eu sei que não pode ser diferente, a CBF sabe, a Federação sabe, os jornalistas sabem. E a gente segue respondendo, e vocês seguem perguntando. Não tem data”, completou.
Já Spindel comentou sobre as convocações de jogadores rubro-negros à seleção brasileira. Na Copa América, nove atletas foram chamados e desfalcaram a equipe no Brasileirão.
Agora, Pedro e Gerson estarão à serviço de Dorival Jr. nos jogos contra Equador, no dia 6 de setembro, e Paraguai, no dia 10, pelas eliminatórias. Dessa vez, no entanto, competições serão paralisadas no período. Só que a partida de volta da Copa do Brasil, contra o Bahia, por exemplo, será bem próxima da segunda partida da seleção, o que pode comprometer o descanso da dupla.
“Tanto publicamente como internamente, a CBF joga a questão do calendário nos clubes. As datas são uma decisão unilateral da CBF. O resto é balela. Quem faz o calendário, tirando Sul-Americana, Recopa, Libertadores e as datas Fifa de seleção, é a CBF. A CBF entende que ela tem o poder para fazer e que isso não afeta ela. Isso é um raciocínio torto, inclusive para o principal produto da CBF, que é a seleção brasileira. Toda vez que um atleta nosso é convocado, nós, como direção, ficamos felizes. Pelo lado humano, pela relação com eles e pela chancela do nosso trabalho. Mas traz um prejuízo esportivo enorme”, disparou o dirigente.
”O Flamengo vai jogar 11 jogos do Brasileiro sem seus atletas de seleção. A CBF acha que isso não tem consequência. E ela está enganada. Quando ela faz isso, quando tem jogador do Atlético-MG na seleção, prejudicando o Atlético-MG. Jogador do Flamengo na seleção, esportivamente prejudicando o Flamengo em 11 datas. Ela está arranhando a relação da seleção com os torcedores do Flamengo, do Atlético-MG, do Palmeiras. Ela está causando dano para o produto dela. Ela não enxerga isso”, concluiu.
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